O Banco Internacional de Comércio (BIC) diz que não irá despedir funcionários, tal como noticiou a Rádio Nacional de Angola, levando vários órgãos órgãos de comunicação social, incluindo à imprensa, na semana passada, a dar como certa a informação.
O presidente do Conselho Executivo do BIC diz que foi mal citado, que falou “em termos hipotéticos”, e que o banco apenas prevê encerrar alguns balcões no centro de Luanda para abrir outros nas zonas periféricas em constante crescimento populacional.
Hugo Teles disse à imprensa que o BIC está bem em termos de liquidez, embora assuma dificuldades em conseguir adquirir divisas, procurando tranquilizar os clientes e funcionários, garantindo que não está em queda financeira.
Quanto às notícias sobre o encerramento de 40 agências e despedimento de mais de 400 trabalhadores, o presidente do Conselho Executivo do BIC garantiu à imprensa que são falsas e que falou apenas de forma hipotética, num encontro com os jornalistas.
“Estávamos a falar de uma situação hipotética, as pessoas perceberam, só que infelizmente os jornalistas arranjaram forma de fazer notícia com o exemplo que dei”, disse o PCE do BIC.
Hugo Teles disse que falou à margem do projecto “Crescer Juntos” cujo objectivo visou trazer a público o financiamento de mais de 1 milhão de dólares que o banco já disponibilizou, a vários projectos, no âmbito da sua responsabilidade social, e que “infelizmente, alguma imprensa” terá feito cortes nas suas declarações.
“Não é verdade que haverá despedimentos nem encerramento de 40 balcões. O que haverá será apenas, e isso estamos a estudar, o encerramento no centro da cidade de Luanda de algumas balcões e os funcionários destes balcões serão transferidos para os novos balcões que o banco irá abrir nas periferias”, explicou.
A imprensa soube que a notícia sobre os despedimentos de mais de 400 funcionários do banco, surpreendeu, na semana passada, os trabalhadores do banco, assim como os accionistas, que exigiram do Conselho de Administração explicações, que segundo o PCE do BIC, já foram dadas.
Entretanto, na semana passada, o Banco Nacional de Angola (BNA) disse que queria ouvir a administração do BIC sobre a intenção de fechar balcões e despedir trabalhadores, para perceber os motivos que estão na base desta decisão.
Hugo Teles, em declarações, disse ser normal a preocupação da entidade reguladora, embora garanta que o BIC ainda não foi notificado para o efeito.
Na semana passada, a imprensa deu conta da aflição e preocupação que os trabalhadores do BIC demonstraram após ouvirem a notícia de que a instituição iria despedir mais de 400 funcionários e encerrar 40 balcões.
Na maioria das agências onde à imprensa entrou foi visível a tristeza nos rostos dos trabalhadores que garantiram terem sidos surpreendidos e por isso, estavam bastantes preocupados com a informação.
Fonte: NJ