O secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social garantiu ontem, em Luanda, que nenhum funcionário público, do Regime Geral, vai ter remuneração líquida inferior a 100 mil kwanzas, a partir deste mês.
Pedro Filipe disse, na abertura da III Reunião do Comité Nacional da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), realizada sob o lema “CGSILA – Em acção para um futuro melhor”, que vão continuar a implementar acordos com as centrais sindicais, de forma a dar melhores condições aos trabalhadores.
A nível do ensino superior, realçou, houve um incremento de 100 por cento na remuneração dos docentes, assim como um acréscimo considerável na remuneração dos médicos militares e do pessoal técnico, desde os enfermeiros, analistas e outras carreiras militares.
O diálogo com as centrais sindicais, avançou, vai ser permanente para assegurar e melhorar as negociações dos acordos entre as centrais. “Actualmente, ficou acordado que as partes voltassem à mesa para a regularização, até 2027, de 25 por cento do salário mínimo nacional. O processo começa a partir do próximo ano”, explicou.
Para o secretário da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Francisco Gaspar, o encontro permite uma reflexão mais profunda e necessária para, em conjunto com o Governo, discutir os elementos e actos do sindicalismo no país. A ideia, frisou, é encontrar os caminhos que justifiquem e dignifiquem a classe trabalhadora.
A união e organização dos filiados na defesa dos direitos dos trabalhadores, avançou, deve ser prioridade das centrais sindicais. “Um outro fenómeno que assistimos diariamente é a banalização e vulgarização da actividade do sindicato, praticada por muitos, alguns com coberta de interesses pessoais, usando o nome do sindicato e dos trabalhadores”, referiu.
Durante o encontro, realçou, foram abordados temas como o actual estado do sindicato, a admissão de novos membros ao Comité Nacional, a apresentação e aprovação dos relatórios de actividade e de contas.
Fonte: AN