O Tribunal de Comarca de Luanda (TCL) julgou e condenou sumariamente, esta quarta-feira, 14, um cidadão de 37 anos, que, na madrugada do dia de “São Valentim”, agrediu na via pública, na zona do Cassenda, no distrito urbano da Maianga, dois agentes reguladores de trânsito da Polícia Nacional, em serviço numa operação denominada “noite sem álcool”, após este sido interpelado e convidado a efectuar o teste do bafómetro. A sentença não agradou à PN, soube à imprensa.
«A Polícia Nacional (PN) assegura que o acusado apresentava indícios de alcoolismo quando foi abordado, na madrugada do dia 14, e levado para a esquadra da Polícia no bairro Huambo, a bordo da sua viatura, conduzida pela sua esposa.
Tão logo chegaram à esquadra, o homem recusou-se a entrar e bloqueou as portas do carro, afastando a esposa do lugar do condutor e fugindo ao volante do veículo, o que levou os efectivos da polícia a persegui-lo até à sua residência, onde se desencadeou uma confusão entre os familiares do homem foragido e os agentes de reguladores de trânsito.
Conta a polícia que o acusado, em estado de embriaguez, agrediu os dois agentes, rasgando-lhes, inclusive, a farda da polícia, o que resultou no desaparecimento dos passadores (patente) de um dos agentes.
Segundo a PN, apesar de toda a confusão que se criou, os agentes reguladores, com a ajuda de um cidadão não identificado, conseguiram deter o acusado.
Levado a julgamento sumário no Tribunal de Comarca de Luanda (Palácio Dona Ano Joaquina), horas depois, pelos crimes de desobediência, ofensas simples contra a integridade física e condução em estado de embriaguez, o acusado foi julgado e condenado a uma pena de três meses de prisão, convertida em multa no valor de 555 mil kwanzas e numa indemnização aos dois agentes no valor de 150 mil kz.
Entretanto, a conversão da pena de prisão em multa não agradou à PN, pois viu os seus agentes agredidos e com o fardamento rasgado.
Fontes da cooperação, que solicitaram anonimato, contaram à imprensa que a decisão deixou revoltados os efectivos da Unidade de Trânsito de Luanda e não só.
Já o porta-voz da PN em Luanda, superintendente Nestor Goubel, desaconselha os cidadãos a resistirem às autoridades, e salienta que apesar da pena branda, o indivíduo foi condenado.
Fonte: NJ