O Secretário-Geral da Central Sindical SGSILA considera o incremento salarial de 5% aos funcionários públicos “como insulto aos trabalhadores”.
Francisco Jacinto entende que a medida do Executivo constitui “uma provocação, face à desigualdade abismal entre detentores de poder público e a classe trabalhadora”.
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Rodrigues Dias, garantiu, por outro lado, que o Executivo continua a trabalhar com vista a alcançar a melhoria de vida dos cidadãos e assegurou também que as equipas técnicas continuarão engajadas, visto que o incremento salarial da função pública é gradual.
Entretanto, o sindicalista apelou aos trabalhadores a estarem em prontidão, tendo em conta as negociações em curso com a entidade empregadora. Francisco Jacinto disse que, caso não se encontre consenso face aos pontos constantes no caderno reivindicativo, a declaração da greve nacional será um facto.
Questionado sobre o valor real que o sindicato espera como salário mínimo face a proposta de duzentos e cinquenta mil kwanzas, Jacinto reconhece que não espera receber o que foi proposto, mas tem um limite definido, que, entretanto, prefere não avançar enquanto decorrem as negociações.
O governo angolano garantiu esta quarta-feira que a partir do mês de Janeiro do ano em curso a função pública começa a beneficiar do ajustamento da tabela salarial, cujo incremento é de 5 por cento sobre o salário-base. O executivo espera que a percentagem venha oferecer dignidade e poder de compra ao trabalhador.
Fonte: CK