Das ruínas do mítico Hotel Panorama, na ilha de Luanda, abandonado há quase duas décadas, vai nascer um novo Panorama, dando o velho e degradado edifício lugar a uma nova e luxuosa unidade hoteleira.
O Panorama vai ser reabilitado e ampliado em breve pela Fundação Sagrada Esperança, que já colocou uma equipa de segurança no espaço e vedou por completo a área.
De acordo com uma fonte próxima da Fundação Sagrada Esperança, a colocação da equipa de segurança e a vedação do Hotel Panorama ocorreram no sentido de “mitigar a criminalidade naquela zona, sendo que a infra-estrutura foi por muitos anos local de guarida de delinquentes”.
“Nós colocámos a equipa de segurança e mandámos vedar o hotel para reduzir a criminalidade naquela área, porque havia muitas reclamações dos moradores”, disse.
Segundo a mesma fonte, “o projecto vai continuar no ramo da hotelaria, mas com algumas mudanças, no sentido da modernização”.
Fidel Afonso, proprietário da oficina mecânica que funciona no quintal do hotel, em declarações ao Novo Jornal, disse que a vedação e a equipa de segurança colocada pela fundação no hotel, reduziu de forma significativa a delinquência na Ilha.
“Os meliantes assaltavam muito os cidadãos que treinavam do outro lado da praia e fugiam sempre para o hotel. Esta vedação e a equipa de segurança reduziram muito a delinquência nestes arredores”, contou.
O Hotel Panorama, construído na década de 60-70 e o único com cinco estrelas em Luanda durante vários anos, foi remetido pelo Ministério de Hotelaria e Turismo para a categoria de uma estrela, em 2017, depois de passar por um processo de decadência, que começou durante a guerra civil e se prolongou e acentuou depois, devido à falta de investimento em obras de manutenção.
Em 2017, o Jornal de Angola anunciava que os inspectores do Ministério de Hotelaria e Turismo encontraram abundantes problemas no Panorama, o que levou à sua descida de categoria, visto que a unidade hoteleira com vista para a baía de Luanda e para o Oceano Atlântico, não correspondia ao que as cinco estrelas representam.
Também em 2017, o hotel foi comprado pela Fundação Sagrada Esperança.