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Presidente da UNITA acusa Governo de querer trazer como observadores internacionais apenas ″os seus primos africanos de proximidade política″

“Pretender trazer a Angola apenas primos africanos de proximidade política ou ideológica não parece ser um elemento de credibilidade”, referiu Adalberto Costa Júnior no fim de um encontro com uma delegação da União Europeia em Angola.

Para o líder da UNITA, o Governo angolano, nos últimos pleitos eleitorais, demostrou que não tem grande interesse em ter presentes observadores internacionais nas eleições.

“Infelizmente esta tem sido a postura do Governo angolano. Nós, de há um tempo a esta parte, temos tentado sensibilizar o Governo para ter uma postura diferente, mais democrática, aberta e credível nestas eleições”, sublinhou, frisando que o que se verifica “é uma repetição daquilo que tem sido o passado”.

“Retardam os convites e com este retardar interferem na vinda das missões”, notou o presidente da UNITA, que acredita que “tanto no âmbito da Assembleia Nacional, como no âmbito da CNE existem condições de poder dirigir convites à comunidade internacional”.

Questionado sobre a reunião do Conselho da República, considerou o encontro positivo, por ter analisado a situação das eleições que terão lugar no dia 24 de Agosto.

“Nós tomámos conhecimento da data das eleições e nada tenho a dizer. A data está de acordo com as fronteiras da Lei”, disse, lamentando, no entanto, o comportamento do Executivo, que “impediu a imprensa de falar com líderes políticos da oposição.”

O presidente da UNITA voltou a insistir na publicação das listas do registo eleitoral oficioso, para que haja transparência nas eleições.

“Vemos actos políticos de partidos a serem transmitidos em directo, negando esse direito aos outros partidos. Aqui temos um partido político que quer ter vantagens, que procura vantagens por estar no Governo”, frisou, anunciando que dentro de dias a UNITA vai apresentar o seu programa de governação e o manifesto eleitoral.

JLo pede à oposição que credibilize eleições

Durante o fim-de-semana, João Lourenço, líder do MPLA, disse, em Mbanza Congo, capital da província do Zaire, que é obrigação de todos credibilizarem as eleições de 24 de Agosto próximo, ao invés de procurarem manchá-las.

“Nós sabemos que há quem esteja a fazer precisamente o contrário. Alguém que, sendo angolano, procura descredibilizar e manchar as eleições do seu próprio País”, afirmou, citado pela imprensa local.

“As eleições não são apenas para um partido e sim para todos os partidos e para todo o povo angolano”, destacou.

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