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População no Moxico em pânico devido ao vento «contaminado de COVID-19»

Um vento, supostamente infectado pelo novo coronavírus (Covid-19), causou um pânico junto de moradores da cidade do Luena, província angolana do Moxico, que diziam estar “apreensivos, temendo pela vida”.

Entrevistados hoje por uma rádio católica local, vários moradores alegaram que começaram a receber mensagens cerca das 03:00 sobre a disseminação de “vento tóxico” associado ao Covid-19.

Rebeca Victor também “despertou em pânico” depois de ter sido contactada por familiares, com recomendações de que “tinha de estar acordada” sob pena de ser “afectada pelo vento tóxico durante o sono”, cenário de medo dos moradores dos bairros arredores do Luena, que  foi também descrito por Caetano Luís, referindo que “muita gente despertou à espera do vento contaminado”.

Por sua vez, o chefe do departamento de Saúde Pública do Moxico, Baldé Bernabé, pediu calma à população afirmando que a “falsa informação” teve origem na vizinha República da Zâmbia.

“Este é um rumor que está a decorrer na República da Zâmbia. São apenas rumores que não têm qualquer relação ao coronavírus. Que máquina é esta que vai produzir um vento tóxico? É um mito e a população deve ficar calma”, afirmou, em declarações à emissora Católica angolana.

No entanto, na última quarta-feira, as autoridades angolanas decidiram retirar a lista de proibição a Nigéria, Argélia e Egipto por reportarem apenas um caso desta epidemia de Covid-19, que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, e que já provocou mais de 3.450 mortos e infectou mais de 97 mil pessoas em 85 países, incluindo treze em Portugal.

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