Há mais de 14 anos que a nomenclatura angolana utiliza o sistema financeiro português para transferir dinheiro de Luanda e espalhá-lo por diversas partes do Mundo.
As comunicações ‘suspeitas’ realizadas pelos bancos nacionais têm variado em intensidade, ao longo do tempo. O processo Luanda Leaks levantou um crescente interesse por estes movimentos. Assim, por exemplo, um dos antigos homens de confiança de José Eduardo dos Santos há muito que utilizava os bancos portugueses como plataforma para a gestão dos seus investimentos.
No início de 2012 entrou na Procuradoria-Geral de Angola uma queixa por enriquecimento ilícito e branqueamento de capitais contra Manuel Hélder Vieira Júnior ‘Kopelipa’, ex-chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos.
PGR de Angola, João Maria de Sousa arquivo este Inquérito por inexistência de indícios da prática de crimes
Na sequência dessa queixa foi aberto o inquérito nº 4/2012, o qual terminou com despacho de arquivamento proferido em fevereiro de 2013, pela inexistência de indícios suscetíveis de integrarem a prática de crime. No entanto, a PGR portuguesa no âmbito das suas competências decidiu investigar 136 movimentos bancários considerados ‘suspeitos’ e comunicados como tal pelos bancos.
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