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Cazenga: Obras da 7.ª Avenida estão paradas há mais de um ano e administração anuncia asfaltagem da 6.ª Avenida para breve, situação que está a preocupar os munícipes

Os moradores do Cazenga dizem-se cansados de gritar ao vento por socorro, face aos problemas causados pela vala aberta na 7.ª Avenida há mais de ano, cujas obras não arrancam. Os munícipes mostram-se irritados com o anúncio feito pela administração municipal do Cazenga para a reabilitação e asfaltagem da 6.ª Avenida e questionam: “para quando a conclusão da 7.ª Avenida?”

«A administração do Cazenga diz que essa questão deve ser feita ao Governo Provincial de Luanda (GPL), que ficou encarregado das obras, e este, por sua vez, apenas responde que estão finalizados os constrangimentos técnicos para se avaliar a melhor solução para os passos subsequentes do retomar dos trabalhos.

O que é facto é que a época de cacimbo está terminar e vem aí a época das chuvas, que para os moradores da 7.ª Avenida é uma tremenda dor de cabeça.

Nesta altura a vala aberta, por enquanto, é limpa pela empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal), como constatou à imprensa no local, mas para os moradores a grande questão é saber se vai ou não ser reabilitada.

No mês de Abril, a população gritou por socorro, temendo, na altura, um possível surto de cólera naquela zona, em função de muitas crianças apresentarem patologias de doenças diarreicas.

Desde a abertura daquela vala houve quatro mortes, com destaque para três crianças, em menos de um ano, e ainda assim as obras de reabilitação continuam a não acontecer.

Os moradores dizem-se ignorados pelo GPL e pela administração municipal do Cazenga na solução definitiva do problema da vala aberta.

“Disseram que seria no fim das chuvas, a época da chuva já terminou e está prestes a recomeçar, mas as obras que precisamos nem um sinal”, lamentou Mauro Durão, um dos moradores.

Entretanto, os munícipes dizem não acreditar nas políticas da administração municipal que muitas vazes já prometeu e nada foi feito por isso pedem a intervenção directa do Executivo central para a resolução do problema.

“Neste momento a vala está limpa. Mas limpar não é a solução, queremos ver terminar o que começaram porque houve várias mortes”, desabafam os moradores.

Segundo estes munícipes, desde o alerta feito à imprensa sobre a possibilidade de existir um surto de cólera na zona, a administração passou a fazer a limpeza regular na vala.

Administração municipal do Cazenga anuncia asfaltagem da 6.ª Avenida

O administrador do Cazenga, Tomás Bica, anunciou este domingo, 16, a reabilitação e asfaltagem da 6.ª Avenida, inoperante há mais de 30 anos, para os próximos dias.

“A 6.ª Avenida vai ser asfaltada nos próximos dias. A asfaltagem desta via faz parte de um pacote do Governo da Província de Luanda que contempla asfalto definitivo”, disse o responsável do município.

Entretanto, os moradores do Cazenga, sobretudo os da 7.ª Avenida, mostram-se irritados com o anúncio da reabilitação e asfaltagem da 6.ª Avenida, visto que a 7.ª ainda nem sequer foi concluída.

“Será uma irresponsabilidade do Governo caso inicie a reabilitação da 6.ª Avenida e deixe aquela que começou por se reabilitar”, lamentam.

Já os moradores da 6.ª Avenida dizem ser boa a iniciativa, mas pedem ao GPL e à administração do Cazenga que conclua os trabalhos de asfaltagem da obra que há muito anunciaram, que é a da 7.ª Avenida, e que depois de tudo pronto possam começar na 6.ª Avenida.

Outros asseguram que é apenas “show off” da administração e do GPL, que já havia prometido a sua reabilitação.

“Se na 7.ª Avenida e na rua da emissora as obras nunca terminaram, para quê anunciar uma coisa que não vai fazer?”, questionam os munícipes que aconselham o GPL e a administração a concluir primeiro os trabalhos que iniciaram e que nunca são terminados.

Marcos Mendes, Paulo Adão, e Délcio Gomes, três moradores com quem à imprensa conversou na 6.ª Avenida, disseram não ser boa ideia pensar em reabilitar a 6.ª Avenida, quando o problema da 7.ª não ficou resolvido.

“Para nós, moradores, isso é até um desrespeito. Se pensam que estamos contentes, então saibam que não! Porque sentimos na pele o sofrimento dos irmãos da 7.ª Avenida”, concluem.

Fonte: NJ

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