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PR diz que Angola está a preparar-se para construir navios de guerra

O Presidente da República diz que Angola vai dar início à construção de navios de guerra, o que vai contribuir também para a segurança e combate à pirataria no Golfo da Guiné. E voltou a defender a necessidade da urgência da reforma das Nações Unidas, em particular do seu Conselho de Segurança e das instituições financeiras de Bretton Woods saídas do fim da II guerra mundial, por já não reflectirem a realidade política, económica, demográfica e outras do mundo de hoje”.

oão Lourenço, que discursava nas celebrações dos 47 anos de existência da Marinha de Guerra Angolana, na província do Zaire, durante a inauguração da Base Naval do Soyo, que servirá de região naval norte, e onde foram exibidas “as embarcações de patrulha, intercepção e transporte militar, que são parte de um lote dos meios contratados à empresa naval Privinvest Shipbuilding Investiments ao abrigo do despacho presidencial n.º 258/16, de 29 de Agosto de 2016”, considera que o País “deve investir em mais bases marítimas para albergar essas frotas que tendem a crescer em número e tamanho das embarcações, como também investir num estaleiro naval para a manutenção das frotas e iniciar a construção de navios de guerra em Angola, embrião para a indústria naval angolana”.

O Chefe de Estado reconheceu que Angola realizou ao longo de muitos anos, pela característica do seu conflito armado, um investimento maior nas infraestruturas e apetrechamento maior em meios bélicos para o exército e a força aérea.

“Alcançada a paz, o Estado angolano começou a prestar uma atenção cada vez maior à necessidade de fortalecer a Marinha de Guerra Angolana com infraestruturas em terra, embarcações marítimas de todas as categorias e sistemas de vigilância marítima para proteger a sua imensa costa marítima, que se estende por cerca de 1.650 quilómetros”, afirmou.

O Presidente destacou que recentemente o Estado encomendou à empresa Abu Dhabi Ship Building a construção de três modernas corvetas e embarcações de apoio, tendo também sido adquiridos, de Espanha, dois aviões C295 da Aibus, que deverão chegar ainda este ano ao País, equipados para missões de reconhecimento e vigilância marítima.

Segundo João Lourenço, decorrem negociações com autoridade competente para a possibilidade de aquisição também de meios navais.

O Presidente angolano e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas salientou que pela sua posição geográfica Angola, juntamente com outros Estados das regiões central e austral de África, deve estar preparada para contribuir para a segurança do Golfo da Guiné, “importante rota marítima para o comércio internacional”.

João Lourenço falou ainda do crescente deteriorar da paz e segurança em diferentes pontos do mundo, começando por África, onde o terrorismo e as insurgências de diferentes motivações ameaçam as suas populações e as já frágeis economias.

“Algumas das consequências imediatas e mais visíveis dos conflitos armados são, além do elevado número de mortes, o assustador número de deslocados internos, de refugiados em países vizinhos, de imigrantes manipulados por redes de tráfico humano, o aumento da fome, das doenças, da pobreza e da miséria”, disse, acrescentando que “a situação não é melhor em outras paragens do globo” nomeadamente no médio oriente, no conflito entre a Palestina e Israel, na Europa, com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

De acordo com o Chefe de Estado, “estes e outros conflitos que proliferam pelo mundo só vêm tornar cada vez mais premente a necessidade da urgência da reforma das Nações Unidas, em particular do seu Conselho de Segurança e das instituições financeiras de Bretton Woods saídas do fim da II guerra mundial, por já não reflectirem a realidade política, económica, demográfica e outras do mundo de hoje”.

“África, a América Latina e a Ásia reclamam o direito de ocupar assentos como membros permanentes do Conselho de Segurança, não apenas para defenderem os direitos dos respetivos povos, mas também para serem parte activa das decisões a tomar sobre os assuntos globais do nosso planeta, como a paz e segurança, da segurança alimentar, da segurança energética, da saúde pública, do comércio internacional, do clima e da defesa do ambiente, entre outros assuntos”, destacou.

Fonte: NJ

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