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″Braço-de-ferro″ entre GPL e moradores do lote 1 do Prenda continua sem fim a vista

Os residentes do lote 1 do Prenda, que foram retirados do edifício por precaução depois do susto provocado pelo abanão do passado mês de Abril, dizem-se abandonados pelo Governo Provincial de Luanda (GPL) por não responder até agora à contraproposta assinada por todos os moradores que sugerem alojamentos na Vida Pacífica, Kilamba e Nova Vida.

A comissão de moradores diz que um dos habitantes do edifício, que agora será demolido, morreu vítima de stresse por conta do abandono das autoridades e considera incompleta a informação prestada pela administração municipal de Luanda, sobre a demolição do edifício, visto que a mesma não apresenta um “parecer inspectivo” do Laboratório de Engenharia de Angola (LEA).

Segundo o GPL, o LEA concluiu não haver “condições de habitabilidade no Lote número 1 do Prenda devido ao elevado grau de risco por instabilidade e insegurança estruturais”.

Conforme a comissão de moradores, para o bem de um processo transparente, solicitam à administração municipal de Luanda o envio do referido “parecer inspectivo”.

A comissão contou à imprensa que no recém-terminado mês de Agosto, um morador de 46 anos morreu vítima de stresse, segundo contam, provocado pelo abandono a que estão entregues as famílias.

“Alertamos, uma vez mais, para o perigo de outras ocorrências similares, tal é o nível de degradação da saúde de outros moradores”, avisam.

Os moradores recusam o projecto Mayé-Mayé, por considerarem que está reservado para “pessoas desalojadas em zonas de risco e periféricas e também pela baixa qualidade do meio social”.

Vila Pacífica (Zango 0), Centralidade do Kilamba, kk 5000, edifício da Cidade Desportiva, Nova Vida e Zango 8000, são os projectos habitacionais de preferência dos moradores que abandonaram o edifício no lote 1, em Abril último.

Numa carta dirigida a várias instituições do Estado, e a que à imprensa teve acesso, os moradores do prédio de cinco andares no Prenda asseguram que reportaram ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, em 2019, numa carta em que alertavam sobre a perigosidade do edifício.

Em comunicado, a Administração Municipal de Luanda (AML) refere que o parecer técnico sobre as inspecções efectuadas pelo Laboratório de Engenharia de Angola (LEA) concluiu que, “pelo elevado grau de risco por instabilidade e insegurança estrutural, é aconselhável a demolição” do edifício.

“Assim sendo, as autoridades competentes irão dar início aos processos que conduzirão os passos subsequentes para o término deste processo”, refere o documento.

No prédio, que ameaça desabar, viviam 42 famílias, que, segundo o comunicado da AML, já foram informadas.

Fonte: NJ

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