As associações e cooperativas de taxistas, em Luanda, asseguram que, para já, não haverá subida do preço da corrida de táxi, apesar do aumento do gasóleo, que passou esta semana a custar 300kz, mas os azuis e brancos deixam um aviso: se o Governo voltar a mexer nos preços, o preço do táxi subirá.
As associações e cooperativas de táxis lamentam e condenam o aproveitamento de alguns taxistas que, após a alteração do preço do gasóleo, têm especulado preços e encurtamentos das linhas, por isso, desaconselham “os oportunistas” de tais práticas.
Em declarações à imprensa, o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), a maior associação de taxistas do país, disse que apesar do aumento do preço do litro do gasóleo, a corrida de táxi permanecerá nos 200 kz.
Para já, as associações de taxistas e cooperativas de táxis de Luanda, que estiveram reunidos com o Governo na terça-feira, dizem-se conformadas.
Francisco Paciente afirmou que não é viável fazer pressão junto do Governo e subir o preço da corrida de táxi agora, visto que o Executivo ainda fará subir o preço do combustível futuramente.
“Vamos aguardar pela nova subida da gasolina, no futuro, e só assim faremos aumento dos preços do táxi, o que, para os taxistas será irreversível”, garantiu.
Desde segunda-feira que o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), entidade responsável pela definição dos preços dos combustíveis, fez subir o litro do gasóleo para 300 kz.
Segundo a ANATA, quem fizer especulação de preços, estará a cometer uma infracção contra uma lei aprovada.
A Polícia Nacional assegura que está atenta e vai actuar contra aqueles que especulam.
O aumento do preço do gasóleo foi justificado pelo Governo com o fim dos subsídios aos combustíveis, conforme vem sendo aconselhado pelo Fundo Monetário Internacional.
Em Junho de 2023, o Governo iniciou a retirada gradual dos subsídios à gasolina, elevando o preço deste derivado de petróleo de 160 para os actuais 300 kwanzas por litro, manteve a subvenção do preço da gasolina para os táxis e moto-táxis, bem como o sector produtivo (agricultura, pescas, indústria, entre outras áreas) que continuaram a beneficiar da subvenção do Estado.
Em Maio de 2024, porém, como anunciado, o Governo pôs um ponto final à subsidiação dos taxistas e dos transportes de passageiros.
Fonte: NJ
