O governo militar do Burkina Faso expulsou três diplomatas franceses por alegadas actividades subversivas, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores divulgado pela Reuters esta quinta-feira, 18.
Os três diplomatas, incluindo dois identificados como conselheiros políticos, foram declarados persona non grata e receberam um prazo de 48 horas para deixar o país, de acordo com a carta datada de 16 de Abril, dirigida à embaixada francesa. No entanto, a carta não especificou as acusações contra eles.
O Ministério das Relações Exteriores francês ainda não respondeu a um pedido de comentário feito pela agência de notícias. Desde que uma junta militar assumiu o poder por meio de um golpe de Estado em 2022, as relações entre Burkina Faso e a França, seu ex-governante colonial, deterioraram-se.
Desde então, Ouagadougou expulsou as tropas francesas, pressionou pela retirada do embaixador francês e suspendeu algumas fontes de média francesas. Uma fonte com conhecimento directo da situação, que pediu anonimato, afirmou que os diplomatas foram expulsos por terem se reunido com membros da sociedade civil.
A junta de Burkina Faso tem sido criticada por grupos de direitos humanos internacionais por reprimir a liberdade de expressão e intimidar críticos enquanto enfrenta uma crise de segurança desencadeada por militantes associados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.
Fonte: CK
