
Para o presidente da União Africana, o continente berço precisa de uma “arquitectura sólida de paz”. Para que haja esta paz é necessário que autores de tensões e conflitos em África sejam “desencorajados, responsabilizados e penalizados com sanções pesadas”.
João Lourenço disse, em Adis Abeba, Etiópia, que a comissão da União Africana deve fazer uma reflexão mais exaustiva sobre os conflitos em África para que se confira ao Conselho de Paz e Segurança um papel fundamental na acção que deverá desenvolver, no sentido de prevenir e resolver conflitos que prevalecem no continente.
Para que os temas de conflitos não estejam sempre no centro das atenções nos encontros entre líderes e membros africanos é importante que “no plano da paz e segurança em África, deve-se agir com vista a encontrar soluções africanas para os problemas do continente e conseguir o silenciar das armas”.
O líder da União Africana considera ser útil realizar uma ampla conferência reservada apenas à análise dos conflitos em África, tendo como objectivo principal velar pela questão da paz como um bem obrigatório e indeclinável para todos os povos do continente.
O tratamento dos conflitos que se instalam no continente foi considerado como um facto vergonhoso, pela forma menos rigorosa que é resolvida pelos seus membros.
“Devíamos sentir-nos envergonhados com o facto de instituições externas à África, a União Europeia e o Conselho das Nações Unidas às vezes, são mais rigorosas, exigentes e contundentes nas suas posições do que nós próprios no tratamento dos conflitos que se desenrolam no nosso próprio continente”, afirmou.
João Lourenço relembrou aos presentes a importância de fazer uma reflexão, o mais cedo possível, sobre as soluções a serem identificadas, para que as sessões de trabalho se tornem mais objectivas e produtivas.
Para os Chefes de Estado e de Governo devem ser trazidas, para análise e decisão, apenas questões de fundo, sobretudo dos assuntos da política, paz, defesa e segurança, diplomacia e do desenvolvimento económico e social.
No entanto considerou, por isso, fundamental que se pense num modelo de funcionamento mais ágil, menos burocrático e mais susceptível.
Fonte: CK