
Centenas de cidadãos angolanos enfrentam longas filas e chegam a dormir à porta do Consulado de Angola em Portugal para conseguir atendimento. A situação tem se agravado após a notificação da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que exige a substituição dos títulos de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por um novo cartão consular.
O processo de concessão do documento inclui a recolha de dados biométricos e a verificação de registos criminais, tornando o atendimento mais demorado e limitando o número de senhas distribuídas diariamente. Muitos cidadãos relatam chegar ainda de madrugada, na tentativa de garantir um lugar na fila, mas encontram um cenário caótico e sem garantias de atendimento no mesmo dia.
Sem o novo cartão, a regularização em Portugal fica comprometida, impedindo a obtenção de documentos essenciais e dificultando a permanência legal no país. A alta procura e a morosidade no atendimento têm gerado revolta entre os angolanos, que cobram soluções urgentes para o problema.