O ex-jogador do Sporting de Braga e do Sporting, Wilson Eduardo, confessou numa entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto que não se arrepende de escolher representar a Selecção Nacional, porque foi uma opção tomada por si.
Aos 32 anos, o internacional angolano que milita no Alanyaspor, na liga turca, fez uma reflexão sobre a decisão de jogar por Angola em vez de jogar por Portugal.
“Os meus pais nasceram lá e lembro-me que me chateavam, entre aspas, para que pudesse representar a selecção de Angola. O treinador era o Lito Vidigal, que falou bastante comigo para essa possibilidade. Só que eu estava nos sub-21 [de Portugal] e tinha a esperança de chegar à selecção principal portuguesa”, começou por explicar Wilson Eduardo.
“Não aconteceu, eles continuaram a falar comigo e acabei por ceder. Não o queria fazer, até porque podia ficar a sensação que só o estava a fazer se Angola se apurasse para o CAN”, prosseguiu.
“Não cairia tão bem, não nas pessoas da Federação, mas mais no povo angolano. Tudo ia ser diferente se as coisas não corressem bem, por ter ido apenas para uma grande competição”, acrescentou.
“Em conversas com o meu pai, decidi que era a altura certa. Fiz ainda um jogo [antes do CAN]. Era para ter feito dois ou três, mas ainda não tinha todo o processo de documentação tratado. Acabei por fazer o último jogo [de qualificação], sabendo que, se não vencêssemos, não íamos ao CAN. Estando bem no clube, queria sempre ajudar na selecção”, salientou.
Questionado se era ou não um desejo para si representar Portugal, Wilson afirmou que sim, contudo, não se arrepende de ter optado por ser um Palanca Negra.
“Claro que era um desejo. Lembro-me que, já na altura do Sporting, tinha somado vários golos e assistências pelos sub-21, cheguei a estar pré-convocado [para a selecção principal portuguesa], mas nunca nada aconteceu. Jogar pela selecção de Angola foi uma opção minha, podia não o ter feito, mas optei por isso e não me arrependo”, sublinhou.
Fonte: JA