Arrancou esta sexta-feira, 04, o V Congresso da LIMA – Liga da Mulher Angolana. Três candidatas disputarão a liderança do braço juvenil da UNITA, nomeadamente Cesaltina Kulanda, Etna Kapapelo e Alice Sapalalo Chivemba, que durante dois dias, estarão reunidos em Luanda.
O acto de abertura foi presidido por Adalberto Costa Júnior, presidente do maior partido da oposição. Durante o seu discurso, Costa Júnior disse que este congresso marcará uma transição geracional na liderança da LIMA.
“Estou em crer que na digressão que as candidatas empreenderam pelas províncias no cantacto com mulheres da LIMA e não só, puderam verificar a condição das mulheres e das suas famílias, das dificuldades e desafios que enfrentam, sendo essa situação incentivo para neste V Congresso aprofundarem o debate sobre o percurso a fazer e iniciativas a tomar, para uma mudança para melhor, do quadro actual”, apelou.
O líder da UNITA disse, igualmente, que a ideia da institucionalização da Liga da Mulher Angolana “LIMA” pelo então primeiro presidente do Galo Negro, Jonas Savimbi, foi uma decisão sábia e estratégica, além de oportuna.
“No dia 18 de Junho de 1972, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi Presidente Fundador da UNITA instituiu a Liga da Mulher Angolana, quando ainda decorria a luta anti-colonial. Foi uma decisão sábia e estratégica, além de oportuna, resultante da necessidade de uma participação organizada das mulheres no combate multiforme pela liberdade e independência nacional. Já naquela altura, a Mulher participava na luta, prestando serviço de apoio às forças armadas nas linhas da frente, nos sectores da Educação, Saúde, Logística, na Mobilização e organização das populações”, falou.
Adalberto Costa Júnior referiu que, numa altura em que o país se prepara para comemorar os 50 anos de Independência, “a democracia, o estado de direito, o respeito pelos direitos humanos e a vida dos angolanos em dignidade ainda são inexistentes”.
Costa Júnior acrescentou que a instituição deve aumentar o seu patriotismo para fazer frente aos desafios da afirmação da cidadania da mulher e dos angolanos em geral.
“A mulher paga duplamente pelas realidades atrás descritas, porque intervém de modo individual e intervém multiplamente enquanto chefe de família, de inúmeros lares mono paternais. Como sabemos a mulher angolana ainda não está realizada plenamente, a mulher angolana não usufrui de liberdade que merece, a mulher angolana, em muitos casos, não tem emprego condigno. Na busca do pão para o sustento da família sofre de violência policial, familiar e doméstica. Estas e outras situações desafiam a UNITA e a Liga da Mulher Angolana a continuar a lutar para a sua inversão”, disse.
Entretanto, o Congresso teve como um dos marcos a presença do antigo presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que até então não vinha participando das actividades do partido.
Fonte: CK