O sismo que abalou a Turquia e a Síria esta segunda-feira, um dos mais fortes dos últimos 100 anos, deixou um cenário devastador, com a contagem de mortos a aproximar-se dos 5.000, pelo menos 19 mil feridos e um incontável número de famílias sem casa devido ao desabamento de pelo menos 5.600 edifícios. As equipas de resgate continuam as buscas por sobreviventes nos escombros, mas o tempo frio e a neve não ajudam.
Na tarde de segunda-feira, um novo terramoto atingiu o sudoeste da Turquia e o norte da Síria com magnitude elevada, 7,6 na escala de Richter, depois de, durante a madrugada, a mesma região ter sido varrida por um abalo de 7,8.
Os números mais recentes apontam para 3.381 mortos na Turquia, avança a BBC, que cita Orhan Tatar, funcionário da Autoridade de Gerenciamento de Emergências e Desastres (AFAD). A nova contagem eleva o número combinado de mortos na Turquia e na vizinha Síria para 4.890, mas o balanço continua aser provisório.
A Organização Mundia da Saúde avisa que o número total pode ultrapassar as 20 mil vítimas mortais.
Segundo a BBC, as temperaturas em Gaziantepe, a cidade onde se registou o epicentro do sismo, estarão entre os 4ºC e os 6ºC durante o dia, mas descambam para os -7ºC durante a noite, sendo que em algumas regiões montanhosas, as temperaturas podem mesmo chegar aos -15ºC, o que reduz a possibilidade de sobrevivência de quem ainda está debaixo dos escombros.
No caso da Síria, as temperaturas andam entre os 10ºC e 11ºC durante o dia mas atingem os -3ºC durante a noite.
O Presidente da República, João Lourenço, escreveu aos seu homólogos Recep Tayyip Erdogan e Bashar Hafez Al-Assad, Presidentes da Turquia e da Síria, respectivamente, a quem manifestou profundos sentimentos de pesar e a solidariedade em seu nome e em nome do Executivo angolano.
“Manifesto o meu pesar por este trágico acontecimento e expresso-lhe a minha indefectível solidariedade nesta hora dramática, em que lhe peço que apresente aos familiares das vítimas mortais as nossas mais sentidas condolências, em nome do Executivo angolano e no meu próprio” , pode ler-se na mensagem do Presidente João Lourenço ao seu homólogo sírio.
Fonte: NJ