O Corredor de Lobito, uma linha ferroviária de 1.344 km projetada para conectar as ricas minas de cobalto, lítio e cobre na República Democrática do Congo e Zâmbia ao porto de Lobito, em Angola, promete ser um marco na logística africana e um impulso estratégico para a economia global. Além de facilitar o transporte de minerais essenciais para a fabricação de baterias de veículos elétricos, o projeto é apresentado como uma alternativa ao domínio chinês no continente africano, sendo visto como a primeira resposta dos EUA à ambiciosa Iniciativa do Cinturão e Rota da China.
Embora o presidente Joe Biden tenha destacado a relevância do corredor em sua visita à África, incertezas pairam sobre a continuidade do projeto sob um possível retorno de Donald Trump à presidência. Especialistas como o Dr. Vines acreditam que o objetivo principal do corredor – rivalizar com a China – pode garantir sua sobrevivência, mesmo em um cenário político adverso.
Entretanto, a possível utilização da infraestrutura tanto por empresas ocidentais quanto chinesas levanta questões sobre seu impacto estratégico para os EUA. Enquanto isso, o presidente angolano João Lourenço mantém a esperança de que o projeto avance, independentemente de quem ocupe o Salão Oval, reforçando a visão do corredor como um símbolo de cooperação internacional e desenvolvimento econômico para Angola e seus vizinhos.