Nenhum líder dos Estados Unidos lidou com as relações com a Coreia do Norte como Donald Trump.
O antigo presidente passou de ameaçar Kim Jong-Un com “fogo e fúria” se o líder norte-coreano continuasse a testar mísseis, a tornar-se seu amigo à distância, a encontrar-se com ele numa série de cimeiras sem precedentes e a gabar-se de que os dois se tinham “apaixonado”.
Agora, essa amizade improvável vai ser posta à prova. O antigo presidente vai regressar à Casa Branca num momento de grande alarme entre os Estados Unidos e os seus aliados relativamente a Kim e à ameaça que o seu regime representa.
Acredita-se que Pyongyang tenha enviado milhares de tropas e toneladas de munições para a Rússia, numa altura em que Moscovo trava uma guerra contra a Ucrânia, naquilo que os líderes ocidentais consideram ser uma escalada importante. Dias antes de Trump vencer as eleições presidenciais americanas, Kim lançou outra ameaça – testar um míssil balístico intercontinental com alcance para atingir qualquer ponto dos Estados Unidos.
Na campanha eleitoral, Trump disse que Kim tem “saudades” dele e deu a entender que o país não estaria a “agir de forma diferente” quando ele regressasse ao cargo.
Mas a segunda administração Trump terá de enfrentar um líder norte-coreano encorajado e, sem dúvida, mais perigoso.
Kim – e potencialmente o seu arsenal – estão agora reforçados por laços crescentes com Moscovo, e endureceu a sua posição em relação aos EUA e à sua aliada Coreia do Sul, após o fracasso da diplomacia da última era Trump.
Isto torna ainda mais difícil chegar a um acordo entre os dois países para travar o programa de armamento da Coreia do Norte – e levanta a questão de saber se Trump, conhecido pela sua política externa impulsiva, poderá tentar mudar os objectivos do que os EUA querem ver da Coreia do Norte, dizem os especialistas.
Fonte: MSN