Os juízes conselheiros do Tribunal Supremo (TS) estiveram reunidos esta quinta-feira, 02, à luz de um dos estatutos orgânicos da instituição, para analisar a situação das várias denúncias e acusações contra o presidente do TS, Joel Leonardo, que têm sido recorrentes nos últimos tempos nas redes socias e em diversos órgãos de comunicação. Os juízes pedem a Joel Leonardo que compareça e esclareça a sua situação ao plenário nos próximos dias, contou à imprensa uma fonte daquela corte suprema.
Segundo a fonte, os juízes assinaram uma resolução onde pedem a presença do presidente do TC, Joel Leonardo, no prazo de 48 horas, para que este esclareça ao plenário sobre “os escândalos de corrupção de que vem sendo referenciado”.
Conforme a fonte do TC, a reunião foi presidida por uma das juízas venerandas mais antiga daquela corte suprema e contou com a presença de quase todos os juízes.
“Aqui há “maka grande”, os juízes dizem que se o presidente não responder ao plenário, a próxima reunião será para pedirem aos membros do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) o seu afastamento”.
A fonte contou que no encontro desta terça-feira apenas um juiz conselheiro, se opôs contra a decisão dos demais, o que gerou um mal-estar entre os juízes conselheiros.
Recentemente, a associação Pro Bono Angola apelou ao Presidente da República para prestar atenção e mande investigar denúncias contra o juiz presidente do Tribunal Supremo.
Na quarta-feira, o Presidente da República, em entrevista exclusiva à Rádio France Internacional (RFI), refutou a existência de uma crise institucional no País.
Sobre as suspeitas que têm vindo a público sobre o presidente do Tribunal Supremo, João Lourenço diz desconhecer até agora o envolvimento do juiz-conselheiro Joel Leonardo em actos ilícitos.
Esta semana foi marcada por um jogo de forças tornado público pela própria Presidência no Facebook entre a autoridade máxima do País, o Chefe de Estado, João Lourenço, e a mais alta representante do órgão supremo de fiscalização da legalidade das finanças públicas, a juíza presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa, que só renunciou ao cargo depois de ter sido constituída arguida por suspeita dos crimes de corrupção, extorsão e peculato.
Fonte: NJ