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Tribunal do Benfica adia julgamentos por falta de energia elétrica – Gerador, que serve de alternativa, não funciona por falta de bateria

O Tribunal da Comarca do Benfica, Luanda, tem vivido nos últimos tempos fortes problemas de falta energia eléctrica da rede pública, o que força muitas vezes o adiamento das sessões de julgamento naquela instituição judicial. O gerador, que serve de alternativa, não funciona por falta de bateria, soube à imprensa.

O tribunal está sem energia desde a tarde desta segunda-feira e até ao meio-dia desta terça-feira a energia não foi restabelecida, o que forçou o adiamento das sessões de julgamento agendadas para esta terça-feira, 14.

A falta de energia leva também à paralisação dos trabalhos administrativos, nos cartórios e secções.

No local, o Novo Jornal constatou que um dos grandes problemas daquela instituição judicial é a falta de uma bateria que dá suporte ao gerador.

Fontes daquela instituição disseram que a administradora e o juiz presidente do Tribunal da Comarca do Benfica têm conhecimento da situação e já reportaram aos órgãos de direito para aquisição de uma bateria para o gerador, mas sem êxito.

“O problema aqui é somente a falta de bateria no gerador. O juiz presidente e a administradora do tribunal disseram que não podem comprar com o dinheiro deles a bateria para os geradores, infelizmente essa é a resposta dos chefes”, contou um funcionário do tribunal.

Carlos Domingos, advogado estagiário, contou que na tarde de segunda-feira o tribunal parou por falta de energia.

“A energia foi ontem de tarde, mas até a esta hora (12:00), não foi restabelecida e infelizmente o julgamento que vim defender ficou adiado sem data”, lamentou.

Pessoas ligadas ao tribunal contaram que a situação é antiga e não percebem as razões das constantes quebras de energia naquela zona.

Quanto ao problema do gerador, os funcionários confirmam que só não funciona por falta de bateria.

Esta quarta-feira, 15, está previsto a leitura da sentença do julgamento envolvendo o jornalista da TV Zimbo, David Diogo, acusado do estupro de uma jovem de 17 anos, em Cabo Ledo, mas caso falte a energia o julgamento pode não acontecer, disse uma fonte do tribunal.

De recordar que na semana passada, aquando do julgamento dos sete jovens detidos e acusados de ter incendiado e destruído o Comité de Acção do MPLA, no distrito urbano do Benfica, mesmo sem energia, a sessão decorreu e a acta foi manuscrita.

Até à publicação desta peça, a energia ainda não tinha sido restabelecida naquele tribunal.

Fonte: NJ

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