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Suspeitos do assassinato do professor Laurindo Vieira começaram a ser julgados esta terça-feira

Volvidos oito meses sobre a morte de Laurindo Vieira, os suspeitos de terem assassinado o então reitor da Universidade Gregório Semedo a tiro, na zona do Patriota, em Luanda, começaram esta terça-feira,6, a ser julgados pelo Tribunal de Comarca de Belas, ex- tribunal do Benfica, à imprensa.

O processo-crime envolve seis arguidos, entre eles uma funcionária da agência do BIC, da Rua do Patriota, que atendeu o professor Laurindo Vieira antes do assalto que terminou na sua morte.

A funcionária do BIC, que desempenhava as funções de balconista, encontra-se suspensa das suas actividades na agência, e está a responder ao julgamento em liberdade, porque lhe foi aplicada a medida de coação de apresentação periódica ao tribunal.

O processo-crime encontra-se naquela corte há três meses, após conclusão do Ministério Público (MP), que acusa os arguidos do crime de homicídio.

Laurindo Vieira foi vítima de disparo letal feito por um indivíduo que seguia, com outro, numa motorizada, na tarde do dia 11 de Janeiro, quando saía do banco.

Hélder Ricardo, de 23 anos, autor do tiro que levou à morte do professor, revelou que ele e os seus comparsas acompanharam a vítima desde o banco, onde terá levantado a quantia de um milhão de kwanzas, segundo o comprovativo do banco.

Após este ter saído da dependência do BIC, contam os marginais, Laurindo Vieira dirigiu-se para outra instituição bancária, ainda nas proximidades, e foi já quando regressava à viatura que o abordaram.

Segundo o autor confesso, Laurindo Vieira surpreendeu-os, após ter sido abordado, quando tentou reagir.

“Ele abriu a porta da viatura, pensei que entregaria o dinheiro, afinal tirou a sua arma e manuseou-a à nossa frente. Com medo de ser atingido, e com o susto, disparei no pé dele e retirei-lhe o telefone e a pistola”, descreveu o homicida, afirmando que não fez um disparo intencional e colocou-se a seguir em fuga.

O plano era, acrescentou, apenas levar o montante que Laurindo Vieira levantou do banco, e não matá-lo, como acabou por suceder porque a bala atingiu uma artéria vital.

Laurindo Vieira tinha 60 anos. O caso chocou a sociedade após um vídeo divulgado nas redes sociais mostrar o momento em que o académico cai a sangrar e a clamar por ajuda aos transeuntes que o socorreram, até a clínica da Endiama, no município de Talatona, onde acabou por morrer.

Fonte: NJ

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