Dramática saída do Brasil do Catar, caindo nos penáltis, provando a frieza e competência croata, que repetiram, sem espinhas, decisão da marca dos onze metros. Foram abundantes e compulsivas as lágrimas brasileiras, exponenciadas em Neymar, após Marquinhos acertar no ferro, já havia falhado antes Rodrygo, sucumbindo, assim, a canarinha à precisão contrária.
Um desfecho que se pode considerar muito ingrato para o Brasil, que depois de dificuldades de impor a supremacia na primeira parte, perdeu sucessivos ensejos para marcar na segunda parte, esbarrando em Livakovic, encontrando um inevitável e difícil de lidar prolongamento. Neymar parecia desatar o nó a fechar a primeira parte do prolongamento, num golo carregado de génio coletivo e samba acelerado. O craque do Paris-SG avançou pelo centro, tabelou com Rodrygo e desenhou a conclusão magistralmente, fintando Livakovic, antes de fuzilar para golo.
O acesso às meias-finais parecia carimbado, a Croácia investiu todos os recursos num milagre e o Brasil ajudou ao expor-se fatalmente num canto a favor. Modric desenhou o contra-ataque, Orsic viu Petkovic em posição de finalização e este foi afortunado por um remate que tabelou em Marquinhos, tornando infrutífera a reação de Alisson.
Impôs-se o nervo e a crença croata, a inspiração de um guarda-redes, bastando a sabedoria de um homem na procura de um resultado: Modric. O médio do Real Madrid também não tremeu nos penáltis, marcou tal como o fizeram Vlasic, Lovro Majer e Orsic, tudo jogadores lançados por Zlatko Dalic.
Grande festa croata perante o choro brasileiro, já que a canarinha era vista como grande candidata à conquista do título. Neymar despediu-se do Catar com um grande jogo, mas insuficiente para alimentar o sonho da vitória no Mundial.
Fonte: aBola