Vários funcionários das fábricas de bebidas espirituosas, em saquetas de plásticos vulgos “pacotinhos”, começaram a ser despedidos este mês, devido a proibição do Governo sobre a produção e comercialização em pacotinhos, passando a ser obrigatoriamente vendidas em embalagens de vidro.
As empresas atestam que não têm como manter os postos de trabalhos, uma vez que deixaram de produzir e por conta disso estão a encerrar os serviços por não terem alternativas.
Cerca de 35 por centro, dos cerca de quatro mil e duzentos trabalhadores já foram despedidos sem qualquer indeminização. A confirmação foi feita pelo porta-voz do Sindicato das Indústrias de Bebidas e Similares de Angola, Ciel Miguel Jorge.
“Nós temos contabilizado um total, com risco eminente de despedimento, de quatro mil e duzentos trabalhadores sendo que temos por aí um total de trinta por cento com contratos suspensos há três meses que, possivelmente, pode ser prorrogado para seis meses. Temos também as não renovações de contrato que já entrou em vigor com outras empresas”, disse e reforçou que “importa salientar que já temos duas empresas que confirmaram que fecharam as portas”.
O responsável Sindical, afirma que o governo não deu tempo suficiente às fábricas para instalarem linhas de enchimento de recipientes de vidro, e confirma a entrada de várias missivas ao gabinete do Presidente da República, a fim de pedir moratórias, para proteger os empregos.
“O Governo deu dois meses, que corresponde a 60 dias, que não serviram de nada para transformação dos plásticos para a garrafa de vidro. Estamos a estimar um ano e meio ou dois anos para cima para ver se conseguimos no mínimo converter 60% ou 70% desse material e conservamos por ai 80% desses empregos, alegou.
Recordar que entrou em vigor em Março último, o Decreto executivo que proíbe a produção e comercialização de bebidas espirituosas em pacotinhos, passando a ser obrigatoriamente vendidas em embalagens de vidro.
Fonte: CK