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Presidente mandou reavaliar subsídios aos combustíveis – ministra das Finanças

A ministra das Finanças de Angola disse hoje à Lusa que o Governo vai reavaliar a retirada dos subsídios aos combustíveis por indicação direta do Presidente da República, e admitiu que “está tudo em aberto”.

“O que vai acontecer é um debate político e social sobre o tema”, disse Vera Daves de Sousa em entrevista à Lusa, à margem da sua participação nos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), que decorrem esta semana em Marraquexe, Marrocos, e nos quais participa também o ministro da Economia, Mário Caetano João, e o governador do Banco Nacional de Angola, Manuel António Tiago Dias.

Referindo que o Governo tem uma visão que já começou a aplicar, a governante acrescentou que há uma recomendação do Presidente da República para que na próxima fase o executivo seja “mais inclusivo no debate, envolvendo diferentes estratos da sociedade e auscultar mais; o que resultar dessa auscultação vai permitir tomar a decisão final”, admitindo que pode até acontecer um regresso aos subsídios.

“Podemos avançar retirando tudo, retirar mensalmente um valor, metade, one shot [tudo de uma vez], ou se não avançamos de todo, o que tem implicações, porque sabemos bem a fatura que são os subsídios e nós, no Ministério das Finanças, temos a responsabilidade de, a todo o momento, durante esse debate, advogar que esse não é um cenário possível, mas obviamente temos de estar abertos para ouvir e captar todas as sensibilidades; no final dessa discussão, aí sim fechar aquele que é o caminho e depois passar à fase de implementação”, explicou Vera Daves de Sousa.

Questionada sobre o que vai mudar nesta segunda fase, a ministra disse que “os efeitos serão mitigados de forma mais assertiva, e com o decorrer do debate seremos alertados sobre onde o choque será maior e vamos preparar quem sentirá o choque para esse efeito”.

Sobre se o prazo para a retirada total dos combustíveis se mantém, Vera Daves de Sousa escusou-se a apontar uma data: “Agora está tudo em aberto, vamos fazer o debate e ver o que vai ficar decidido”, respondeu.

Em Junho, o Governo avançou com a retirada dos subsídios aos combustíveis, fazendo com que de um dia para o outro o litro de gasolina em Angola passasse a custar 300 kwanzas contra os anteriores 160 kwanzas.

Fonte: NJ

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