As obras do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, localizado na província de Malanje, foram concluídas, sexta-feira, durante uma cerimónia prestigiada pelo Presidente da República, João Lourenço, destacando a capacidade de produção de energia eléctrica do país.
A infra-estrutura, uma obra imponente de engenharia civil, conta com uma capacidade instalada de até 2.070 MW, tornando-se, neste momento, na maior de Angola, com uma contribuição de 40 por cento de energia eléctrica para as necessidades de consumo actual no país. Em declarações à imprensa, no final da cerimónia, o Presidente da República fez saber que a referida obra foi construída, na sua plenitude, com recursos provenientes do Tesouro Nacional, isto é, com dinheiro saído do Orçamento Geral do Estado. ” Eu gostaria de dizer que hoje é um dia de grande alegria, se tivermos em conta que, aqui, a partir do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, viemos dar por concluídas as obras desta importante infra-estrutura energética para o nosso país”, sublinhou. João Lourenço deu a conhecer que, com a entrada em acção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que se junta a outras fontes de geração de energia do Sistema Nacional de Distribuição, o país passa a produzir, neste momento, energia suficiente para a actual demanda, estando, ainda, muito próximo de atingir os sete mil MW do produto, a nível nacional, como resultado de vários investimentos no sector. O Presidente da República salientou que os investimentos no sector da energia levaram o país a atingir um nível de oferta do produto superior ao necessitado pelo sector industrial e doméstico.
“Portanto, o problema da energia está a ser resolvido e o que devo dizer é que a indústria está, neste momento, atrás da oferta de energia”, frisou o Chefe de Estado, sublinhando que a indústria, agora, é que deve correr, para acompanhar a oferta que o sector energético nacional está a garantir.
O também Titular do Poder Executivo ressaltou que o país necessita de mais indústrias por elas serem capazes de produzir bens, serviços e darem bastante emprego.
“Tudo isso para dizer que nós estamos a procurar investimento privado no nosso país, quer seja estrangeiro, quer nacional”, aclarou João Lourenço, esclarecendo que a ideia, com isso, passa, sobretudo, por se industrializar o país. Apesar destes avanços registados no sector da energia, o Presidente da República adiantou que o país ainda tem mais outros projectos da área por concluir, tendo destacado, entre eles, o Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça, que, como sublinhou, será maior que o de Laúca. A estes investimentos, disse, juntam-se, também, mais centrais de produção de energia fotovoltaica, algumas das quais já identificadas e em construção, investir em dois eixos que considerou fundamentais, nomeadamente na transportação da energia produzida na bacia do Rio Kwanza e em outras localidades, bem como investir, também, na rede domiciliária em, praticamente, todo o país.
O Presidente da República salientou que, em termos de produção, o país já não está mal, admitindo que o desafio, agora, passa por levar esta produção para junto dos consumidores,quer com as linhas de transportação, quer com as redes domiciliárias.
Fonte: JA