Comissão para recolha de ossadas e entrega de certidões de óbito das vítimas de conflito político diz ter identificado valas comuns na Jamba, zona controlada pela UNITA no tempo da guerra, e pede a colaboração do partido para a listagem dos nomes de seus dirigentes e familiares ali sepultados. Entretanto, o “galo negro” desvaloriza o empenho.
A Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP) deslocou-se à Jamba, Kuando-Kubango, na semana passada, para dar início ao processo de buscas de ossadas de familiares e antigos dirigentes do partido que tem Adalberto Costa Júnior ao leme. A propósito, a UNITA, que desvaloriza as “boas intenções” da CIVICOP, questiona a razão de os seus quadros, que também são membros da comissão, não terem sido notificados sobre aquela agenda de trabalho.
De acordo com informações chegadas à imprensa, a delegação da CIVICOP que rumou à Jamba, uma zona controlada pela UNITA no tempo da guerra, à procura de ossadas de dirigentes do “galo negro” e familiares destes, mortos sob alegada orientação da própria direcção do partido, foi chefiada pelo coordenador da Subcomissão de Segurança, Logística e Infra-estruturas da referida comissão, general Fernando Garcia Miala, da qual também integraram o porta- voz da comissão, dois médicos legistas do Laboratório Central de Criminalística do Serviço de Investigação Criminal e outros técnicos.
Fonte: NJ