É angolana, tem agora 18 anos e um filho de dois anos, fruto de uma relação com um cidadão de nacionalidade chinesa. Ficou grávida quando adolescente, tinha na altura, 16 anos, e contou à imprensa as razões que levaram-na a apaixonar-se de um cidadão asiático, de 53 anos de idade, com quem agora vive, maritalmente há dois anos.
Pediu que omitíssemos o seu rosto para não ser discriminada, mas não deixou de fazer revelações a este jornal, de como é viver com um cidadão de nacionalidade chinesa, com mais de 35 anos de diferença de idade.
Lukenia Lucamba, que nasceu e cresceu no município da Kibala, província do Cuanza Sul, cruzou com a equipa da imprensa nas redondezas de um dos centros comerciais, na Avenida Fidel de Castro, recentemente inaugurado.
Com seu filho ao colo, chamou-nos atenção e dela puxamos a conversa. Começamos por perguntar como tem sido o seu dia-a-dia e se vivia com o cidadão chinês. Peremptoriamente, sem pestanejar, respondeu que sim.
Procuramos saber como tem sido a comunicação com o seu marido, uma vez que é angolana, respondeu-nos, ser em mandarim, porque entende algumas palavras aprendidas com ele.
No seguimento das questões, questionamos a jovem se a sua vida marital com o cidadão chinês, de 53 anos, teve a anuência de seus familiares, foi então, que de seguida, tivemos o seguinte relato, que abaixo recitamos.
“Ele me conheceu na Kibala onde trabalhava num estaleiro que estava próximo da nossa lavra. Sempre que fôssemos a lavra, ele me chamava. Ficamos amigos, ele passou a me ajudar com dinheiro, e todos os problemas da minha mãe que eu lhe apresentava, ele dava dinheiro para resolver. Acabei me apaixonando, até que um dia me envolvi com ele na nossa lavra quando estava sem a minha mãe, e desde aquela data, nunca mais nos separamos, e acabei por ficar grávida. Ele me assumiu durante toda gravidez e como a minha mãe já lhe conhecia, foi mais fácil, fez apresentação e quando lhe transferiram para Luanda, pediu a minha família para me levar, e hoje estou aqui em Luanda com ele, e feliz”, contou.
Disse ainda estar neste momento a tratar de questões de registo do filho e que em 2024, poderá conhecer a China, onde estão os seus sogros, com quem tem conversado por via de vídeo-chamada.
“Quando meu filho fica doente, prefiro não ir nos hospitais público para não ser discriminada. Ele me dá dinheiro para ir em clínicas para evitar isso. Sou feliz com ele, por me ajudar em tudo, e ajuda meus pais que estão no Cuanza Sul. Os meus sogros já me conhecem, porque falo com eles sempre por video-chamada”, revelou, à imprensa, com um sorriso nos lábios.
Fonte: CK