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Preços das viagens impedem ligações entre os africanos

O presidente da Associação das Companhias Aérea da África Austral (AASA), Aaron Munetsi, defendeu está sexta-feira, em Luanda, a redução dos custos das viagens na sub-região Austral e a isenção de vistos de turismo como factores determinantes para impulsionar a inter-conectividade no continente.

Além de impulsionar a inter-conectividade no continente, segundo o líder associativo, a redução dos custos de viagens e a isenção dos vistos de turismo melhora o posicionamento do sector africano no contexto da aviação global. Falando à margem da 53ª edição Assembleia Geral da AASA, considerou que a manutenção da segurança operacional como um dos grandes desafios do sector da aviação civil africana para ligar o continente, a par da supressão de vistos de turismo para os africanos, assim como a redução dos custos das passagens aéreas.

“O continente africano opera com níveis muito baixos e para alterar este quadro basta potenciar mais de um bilião e meio de cidadãos do continente como potenciais viajantes com a baixa dos custos de passagem, que resultará na melhoria das ligações inter-africana.

Na visão do sul-africano, esta meta vai ajudar a alcançar a criação de um mercado único em África, com efeito de abrir os “céus” do continente para mais companhias, com um fluxo de passageiros em alta permitindo a auto-sustentabilidade das empresas. Com isso, continuou o líder, os cidadãos do continente deverão começar a comercializar entre si, por isso a AASA apoia a implementação efectiva da Zona de Comércio Livre Africana.

De acordo com o responsável, os líderes dos países africanos, precisam abrir as fronteiras, eliminar os vistos para os concidadãos. Neste particular, Aaron Munetsi, destacou a medida do Governo angolano em permitir que cidadãos turistas de mais de 93 países entrem em Angola sem o referido visto. Este acto, esclarece o entrevistado, concorre para impulsionar as viagens e o turismo na região, em particular para Angola, e que configura um exemplo a seguir pelos demais Estados. “Abre-se uma esperança para que os demais países do continente sigam o exemplo de Angola a fim de melhorar o tráfego de viagens e assim intensificar o comércio e consolidar a economia do continente”, asseverou.

Igualmente, em entrevista à imprensa, a secretária da Autoridade da Aviação Civil da África da Sul, Nivashnee Naraindath, disse que o seu país tem apostado forte na indústria e nos sistemas da aviação civil, a partir de novos procedimentos. Por outro lado, a responsável avançou que a África do Sul tem intensificado a cooperação com muitos países da região para melhorar o sistema de aviação aérea do continente.

A 53ª edição Assembleia Geral da Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA), juntou em Luanda mais de 200 delegados das companhias e operadores do sector para discutirem o desenvolvimento da aviação comercial no continente.

O evento é co-organizado pela TAAG, em representação de Angola, sendo a primeira vez no país. Esta é uma plataforma privilegiada de “networking” e de reforço de relações entre os “players” da indústria, proporcionando ao ecossistema da aviação angolana a oportunidade de promover as suas valências, junto da comunidade internacional A AASA é uma associação regional que agrega as companhias aéreas africanas baseadas a Sul do Equador, actuando como representante junto do Comité da Aviação Civil da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Fundada em 1970, conta com 16 companhias aéreas como membros, nomeadamente a TAAG, Air Austral, Air Botswana, Airlink, Air Zimbabwe, Congo Airways, Eswatini Air, Federal Airlines, FlyCobra, FlySafair e LAM-Linhas Aéreas de Moçambique. De igual modo, estão associados a LIFT, Mango Airlines, Moçambique Express, Proflight Zâmbia e South African Airways.

Fonte: Angop/AN

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