Site icon

PR anuncia novos ajustes aos preços dos combustíveis acompanhados de medidas de mitigação do impacto social – “Não evitaremos medidas impopulares se forem necessárias”

O Presidente da República disse hoje, na abertura do ano parlamentar, que a redução dos subsídios aos combustíveis vai continuar de forma a “aproximar o seu preço real ao preço cobrado aos consumidores”, mas prometeu “medidas de mitigação do impacto social destas medidas polémicas.

João Lourenço aproveitou o discurso do Estado da Nação para dizer que o seu Governo não vai deixar de tomar medidas impopulares se estas se revelarem necessárias.

E foi nesse tom que abordou a questão da retirada dos subsídios aos combustíveis que duram “há décadas” mas que se revelam “incomportavéis para a economia nacional”, deixando claro que os ajustes para os “valores reais do mercado” vão continuar.

Os combustíveis consumidos no país são ainda, maioritariamente, importados e subvencionados, chegando, lembrou o Chefe de Estado, aos consumidores “muito abaixo do preço real de compra” e, por isso, os ajustes terão de continuar mas sem esquecer que esse caminho levará a uma “maior justiça social”.

Todavia, garantiu o líder do Executivo, “existe uma consciência dos impactos sociais (negativos) destas medidas”, como aconteceu no primeiro ajuste, onde passou, no caso da gasolina, dos 165 Kwanzas para 300, prometendo também que vão manter-se as “medidas de mitigação” e de “estímulo s actividade económicas” mais afectadas”.

João Lourenço começou por lembrar que Angola é uma Nação que “aprende com asua história”, revisitando os momentos mais impactantes dos últimos anos, sublinhando a pandemia da Covid e a guerra na Ucrânia, bem como os impactos negativos que estes dois momentos tiveram na economia global e, concomitantemente, na economia nacional.

Entre esses impactos, destacou a desaceleração economia, o impacto sector petrolífero, onde ocorreu uma redução que se pretende vir a ser compensada com o crescimento do sector não-perolífero, uma tendência inflacionista influenciada por factores externos.

Face a este quadro, o Presidente da República insistiu na urgência de “reduzir a dependência externa das importações e aumentar as exportações, assim como combater a dependência das exportações petrolíferas” com uma real diversificação económica.

“A Nação continua empenhada numa mudança estrutural e no desenvolvimento económico, na sustentabilidade das suas finanças publicas”, lembrando a importância que para isso teve “o bom desempenho do OGE 2022”.

Enunciou como prioridade reduzir num horizonte próximo o rácio da dívida para 60% do PIB, notando que essa redução tem sido visível dando como exemplo os 69% que atingiu em 2022, aproveitando ainda para informar que as reservas internacionais líquidas estão nos 14,1 mil milhões USD e dão para sete meses de importações garantidas, o que gera conforto para as contas nacionais.

Mas não deixou de advertir que são estas contas certas que têm permitido ao país manter a confiança dos credores nas instituições angolanas porque estas têm sabido “honrar os seus compromissos”.

Fonte: NJ

Exit mobile version