O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Francisco Ribas da Silva, assumiu que ainda há “graves injustiças” dentro da corporação, com milhares de efectivos há 10, 15 e até 20 anos estagnados na mesma patente, apesar do recente esforço de reestruturação.
Durante o Conselho Superior da Polícia Nacional, em Luanda, o líder da corporação destacou que a revisão das promoções é uma prioridade, depois de um ano em que mais de 25 mil efectivos foram finalmente patenteados, abrangendo todas as classes — um número histórico na instituição.
Mas, mesmo com esses avanços, continuam a multiplicar-se denúncias de agentes que nunca foram promovidos desde o ingresso, alguns desde 2014, 2015 e até 2021, mantendo-se em patentes de base por largos anos.
O porta-voz da PN, Mateus Rodrigues, incentivou todos os efectivos injustiçados a formalizar queixas, afirmando que vários casos já estão em análise e que parte das novas promoções contempla precisamente militares que aguardavam reconhecimento há demasiado tempo.
A PN promete continuar o processo, mas a pressão interna cresce, e a expectativa dos agentes é clara: que as injustiças deixem de ser regra e que a progressão na carreira finalmente se cumpra.

