O Presidente do Rwanda, Paul Kagame, chega hoje, a Luanda, para uma reunião, a convite do Presidente da República, João Lourenço, em que o tema do encontro será a busca pela paz na RDC.
É a convite do chefe de Estado angolano, na qualidade de medianeiro da União Africana, que o Presidente do Rwanda chega hoje ao país. Em cima da mesa estará, de acordo com um comunicado do MIREX citado pela imprensa, a busca por soluções de paz na República Democrática do Congo.
O encontro surge duas semanas depois de João Lourenço já ter reunido, também em Luanda com o homólogo Félix Tshisekedi, da RDC, que entretanto aceitou sentar-se a mesma mesa com Paul Kagame do Rwanda.
Lembrar que recentemente, numa mini-cimeira realizada em Adis Abeba, os dois chefes de Estado, mediados pelo Presidente angolano, João Lourenço, na sequência de uma outra em Luanda realizada ano passado, em que assinaram o Roteiro de paz, através do qual se pretende manter a paz e segurança na região da fronteira comum entre os dois países no centro de África.
O Roteiro de Luanda é o documento aprovado, na capital angolana, no dia 6 de Julho de 2022, durante a Cimeira Tripartida da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), entre Angola, RDC e Rwanda, que aponta os caminhos para a pacificação do Leste da RDC.
Entre os vários pontos constantes neste documento, assinado pelos Presidentes Paul Kagame, Félix Tshisekedi e João Lourenço, na qualidade de presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e mandatário da União Africana, destacam-se a instauração de um clima de confiança entre os Estados da Região dos Grandes Lagos, a criação de condições ideais de diálogo e concertação política, com vista à resolução da crise de segurança no Leste da RDC, a normalização das relações políticas e diplomáticas entre a RDC e o Rwanda, assim como a cessação imediata das hostilidades.
A Organização das Nações Unidas considerou o Roteiro de Luanda um documento importante para a resolução da crise reinante no Leste da República Democrática do Congo, sublinhando tratar-se de um apoio valioso para o fim do conflito.
Fonte: Ck