Há vários anos que uma parte da Avenida Hoji ya Henda, no município do Cazenga, na ligação entre Avenida dos Comandos e a 5.ª Avenida, está intransitável e as últimas chuvas apenas agravaram a situação.
A população local sente-se abandonada pela administração municipal do Cazenga, que em tempos depositou enormes quantidades de lixo (pedras de asfalto saídas de uma obra nas proximidades), naquele troço, soube à imprensa junto dos munícipes.
Se aquele troço de aproximadamente um quilómetro fosse reparado, a circulação de viaturas na Avenida dos Comandos, 5ª Avenida e de veículos que pretendem seguir viagem para os municípios de Viana e Cacuaco ficavam mais facilitados.
Os automobilistas e moradores da zona lamentam profundamente o estado de abandono daquele da via que sai, concretamente, do Centro de Formação Profissional do Cazenga/ Asa Branca e liga ao viaduto Cazenga/Rangel.
Além das águas paradas, como constatou à imprensa, o troço está mergulhado em focos de lixo, que tem dificultado, assim, a pouca circulação de veículos pesados e causado grandes transtornos aos moradores e peões.
Desde a reabilitação das avenidas dos Comandos e da 5.ª Avenida, bem como da construção do viaduto Cazenga/Rangel, que aquela via nunca foi reabilitada nem intervencionada, sequer de forma paliativa, facto que preocupa os automobilistas e munícipes do Cazenga.
Caetano Feijó, Martins Fernando e Garcia Domingos, moradores do Cazenga, disseram à imprensa que o problema é antigo e que não entendem porque é que a administração municipal do Cazenga, que está muito próxima do local, não intervenciona aquele troço.
” O problema deste troço é antigo. É desde o tempos do administrador “Godó” , mas infelizmente ninguém, a nível do município, consegue resolver”, expuseram.
Caetano Feijó lamentou o facto de o administrador do Cazenga, Tomás Bica, ter orientado que o lixo dos quebra molas, recentemente desactivado ao longo da Avenida dos Comandos, fosse aí depositado.
“Simplesmente atiraram as pedras aqui. Pedras estas que aí até hoje, e, ao invés de ajudar a circulação dos munícipes e dos automobilistas, só atrapalham. Na verdade estamos mal”, contou.
Martins Fernando, outro morador da zona, referiu que até agora não consegue perceber por que razão administração a municipal do Cazenga não consegue pôr em circulação aquele troço.
” A reabilitação deste troço não é um bicho-de-sete-cabeças para a administração, mas, infelizmente, eles dizem que é uma obra do GPL, coisa que não acreditamos”, disse.
Garcia Domingos entende que há “cegueira” das autoridades locais em resolver o problema deste troço.
“Não há outro nome, senão cegueira! Os nossos dirigentes só podem ser cegos ou fingem ser. Qual é a razão para que este troço, que liga directamente à cidade, não é reabilitado? Porque é que até de moto temos de dar voltas para chegar ao Imbondeiro do Cazenga, que fica tão pertinho de nós? Os engarrafamentos que se verificam na 5ª Avenida não existiriam se este troço que liga directamente à principal avenida do Cazenga estivesse circulável”, opinou.
Taxistas que fazem a rota Asa Branca/ Congolenses e Asa Branca Mutamba, ouvidos pela imprensa, disseram que a degradação do troço, há anos, tem vindo a dificultar a vida das pessoas e da actividade de táxi.
Os homens dos “azuis e brancos” não entendem por que motivo aquele importante troço não é reabilitado para facilitar a circulação de veículos no município do Cazenga.
Segundo os moradores e automobilistas, em outros municípios, a empresa ENCIB, ligada ao GPL, tem realizado trabalhos paliativos e de asfaltagem em vários ruas e avenidas, e, não compreendem porque é que aquela parte da Avenida Hoji ya Henda, no Cazenga, está intransitável há vários anos.
Sobre este assunto, à imprensa tentou o contacto com a área técnica da administração municipal do Cazenga, assim como com o administrador municipal, Tomás Bica, mas sem sucesso.
Fonte: NJ