Ainda há duas semanas, quando produtores nacionais aumentaram o tom da crítica devido ao que chamam de falta de trabalho de casa, foi aprovada uma iniciativa que prevê as mesmas acções de um passado recente para esquecer. Dilema dos títulos de concessão de terra e ausência de seguro são apenas dois exemplos de que os problemas são mais bicudos do que pensará o ministro da Agricultura.
Da visita da delegação da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID), parceria na luta contra a insegurança alimentar em Angola, até ao momento, o intervalo de 45 dias mostrou que os problemas da agricultura são bem mais complexos do que os elencados pelo ministro António Francisco de Assis, chegando à falta de protecção até mesmo do que se produz, soube o Novo Jornal em contactos com especialistas do sector.
Pelo meio, há duas semanas, a aprovação do Programa de Aceleração da Agricultura Familiar, com acções similares a iniciativas anteriores sem resultados, ajuda a reforçar uma tese que não fez parte da equação do governante.
Esta combinação de factores demonstra, sempre em função da apreciação de analistas, que não basta coleccionar programas sem prestação de contas ou uma ampla avaliação dos seus resultados.
Fonte: NJ