O estoque de sangue disponível nas unidades hospitalares de todo o país serve para atender necessidades de transfusão em apenas uma semana. O alerta foi dado pela directora do Instituto Nacional de Sangue, Deodeth Machado, que falava à rádio pública, nesta terça-feira.
A redução do nível de estoque de sangue deve-se, de acordo com a responsável, à subida de complicações patológicas que dão entrada nos hospitais com casos graves de malária.
“A malária tem como uma das complicações a anemia. Nós tivermos o cuidado de acompanhar os colegas nas diferentes províncias, e todos vão fazendo referência da subida de necessidades transfusionais”, disse acrescentando que a sinistralidade rodoviária é também uma das causas de consumo de sangue.
“Nós temos um estoque que nos aguenta a vontade, durante uma semana”.
Nádia Machado apelou, por outro lado, os cidadãos a cultivarem o hábito da doação de sangue de forma regular.
A directora do Instituto Nacional de Sangue lembrou que a doação segura é aquela feita voluntariamente, citando a regra da Organização Mundial de Saúde. Sobre essa recomendação, Nádia Machado disse que Angola tem apenas 17% de doadores voluntários.
“Temos cerca de 83% de doadores familiares. Os 17% é que são voluntários e nós continuamos a trabalhar com doadores familiares. Porque é a forma que nós encontramos de termos sangue em estoque. Nós temos estado a trabalhar muito com a reposição. Entretanto, reconhece, por outro lado “grandes avanços” no país, visto que as unidades sanitárias, que já conseguem realizar as pequenas cirurgias, principalmente nas maternidades”.
Fonte: CK