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MPLA acusa UNITA querer assumir o poder “de forma ilegítima” durante encontro que acolhe em Luanda os secretários gerais dos antigos movimentos de libertação

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, criticou esta segunda-feira, 31, a atitude da UNITA, acusando o maior partido da oposição de nunca ter aceitado os resultados desde a realização das primeiras eleições gerais 1992 até hoje, “optando por actos não patrióticos que minam a unidade nacional”.

Luísa Damião reiterou esta posição durante um encontro que acolhe em Luanda os secretários gerais dos antigos movimentos de libertação, PAIGC (Guiné-Bissau), Frelimo (Moçambique), MLSTP (São Tomé e Príncipe) e PAICV (Cabo Verde).

“A UNITA quer assumir o poder de uma forma ilegítima e nunca aceitou os resultados das eleições em Angola, optando por actos anti-democráticos”, disse a vice-presidente do MPLA, frisando que o seu partido sempre defendeu a paz e a estabilidade do País.

Luísa Damião informou secretários gerais dos ex-movimentos de libertação, PAIGC (Guiné-Bissau), Frelimo (Moçambique), MLSTP (São Tomé e Príncipe) e PAICV (Cabo Verde), que o MPLA tem vindo a levar a cabo um processo de reformas políticas e económicas para atrair o investimento nacional e estrangeiro.

De acordo com a vice-presidente do MPLA, hoje a organização política que representa tem 50 por cento de homens e 50 por cento de mulheres no seu Comité Central.

Referiu que a paz e a sua manutenção continua a ser prioridade nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), tendo defendido maior intercâmbio nestas regiões.

Os secretários gerais dos ex-movimentos de libertação, PAIGC (Guiné-Bissau), Frelimo (Moçambique), MLSTP (São Tomé e Príncipe) e PAICV (Cabo Verde) estão em Luanda para um encontro que irá decorre sob o lema “Unidos pela história e na luta por um futuro melhor”.

A criação de uma plataforma dos partidos históricos da lusofonia africana foi proposta ao MPLA pelo presidente do MLSTP, Jorge Bom Jesus, no encontro com a vice-presidente do partido no poder em Angola, Luísa Damião, em Março último.

“Entre nós, o MPLA, PAIGC, Frelimo, MLSTP e outros, encontrámos este espaço de solidariedade e troca de experiências para que continuemos a sobreviver, sobretudo, a inovar, adaptando-nos às novas exigências tecnológicas”, disse, aquando da visita m Luanda.

Segundo ele, os movimentos de libertação na antiga África colonial portuguesa começaram a organizar-se nos anos 1950 e defendiam a independência dos territórios sob o domínio colonial português com base no princípio de autodeterminação e independência.

“Os partidos históricos devem casar as gerações e ter um compromisso necessário para que haja o testemunho de uma para outra, através da inclusão de todos. A juventude é uma franja importante a que se deve prestar maior atenção e prepará-la com formação cívica e política, por via das novas tecnologias de informação e comunicação”, defendeu, Jorge Bom Jesus.

Fonte: NJ

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