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Moeda nacional mantém rota de depreciação: Dólar está hoje a custar 829,4 kz, Euro já ultrapassou os 930 kz

O Kwanza continua a depreciar numa trajectória que pode terminar, como antecipou a consultora BMI, do grupo Fitch Solutions, com a moeda nacional a cair mais 16,8% do ponto médio de 830 kwanzas por dólar, para os 1.000 kwanzas por dólar até ao final do ano. A moeda norte-americana está hoje, pelas 11:00, a custar 829,4 kz, enquanto a moeda europeia já ultrapassou os 930 kz.

Na quarta-feira passada a taxa de câmbio média no BNA de uma nota de 1 dólar era de 823,9 Kz, enquanto 1 euro valia 913,2Kz.

O Banco Nacional de Angola já veio dizer que vai apertar as regras para impedir abusos nas operações de compra e venda de moeda estrangeira, uma medida que entrará em vigor no dia 1 de Agosto e serve a necessidade de assegurar maior transparência às operações de venda de moeda estrangeira por parte das sociedades do sector petrolífero e diamantífero, que passam a ser obrigatoriamente registadas na plataforma Bloomberg FXGO, não podendo haver negociações paralelas.

Como o Novo Jornal avançou, o BNA deliberou que os comandos para venda bilateral de moeda estrangeira, bem como para realização de leilões, RFQ (Request for Quote, que em português significa pedido de cotação) e STA (leilões individuais) são para uso exclusivo do Banco Nacional de Angola, Tesouro Nacional e Bancos Comerciais.

Desde o dia 26, o BNA cortou também a disponibilidade de montantes elevados de dinheiro que os bancos têm vindo a solicitar ao banco central, isto porque se verificou que nas últimas semanas os bancos têm feito pedidos excessivos com recurso à facilidade permanente de cedência de liquidez (FCO).

Desde Fevereiro que as instituições financeiras bancárias autorizadas a exercer o comércio de câmbios estão obrigadas a submeter diariamente, às 8:30 e às 13:30, as suas taxas de câmbio indicativas de compra e venda para o dólar norte-americano (USD), o Euro (EUR), e o Rand sul-africano (ZAR) na Plataforma Bloomberg.

O elevado volume de pagamento da dívida aos credores internacionais no mês de Maio, que levou a que a oferta de divisas tenha diminuído, e a queda do preço do petróleo provocaram uma acentuada descida do valor do kwanza, que se tornou na moeda africana mais fraca em relação ao dólar.

O petróleo representa mais de 90% das exportações do País e as exportações de crude, no primeiro trimestre deste ano, caíram cerca de 30% face ao ano anterior, ou seja, o Brent, que serve de referência para as exportações angolanas, foi negociado a 82,10 USD o barril em média, no primeiro trimestre de 2023, comparativamente aos 97,90 USD no mesmo período do ano passado

Fonte: NJ

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