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MIREX «deixa cair» Florêncio de Almeida e avança com Maria de Jesus Ferreira

As gaffes protocolares que inviabilizaram a audiência de João Lourenço com Lula da Silva em Brasília em Janeiro último e as falhas na gestão administrativa e deontológica terão forçado a anulação da nomeação de Florêncio de Almeida para o cargo de embaixador de Angola em Portugal e a indicação de Maria de Jesus Ferreira. É a primeira vez que uma mulher chefia a diplomacia angolana em Portugal.

Por orientação de João Lourenço, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) informou ao Palácio das Necessidades em Lisboa (sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros) que o nome de Florêncio de Almeida era para ser “riscado” da lista e solicitou o agrément (aceitação da nomeação de um diplomata estrangeiro por parte de um Estado) para a embaixadora Maria de Jesus Ferreira, que actualmente exerce a função de embaixadora extraordinária e plenipotenciária e representante permanente de Angola junto da ONU.

Maria de Jesus Ferreira (MJF) será a primeira mulher a exercer o cargo de embaixadora extraordinária e plenipotenciária de Angola em Portugal. Será a 10.ª figura de Angola em Portugal desde que Angola indicou, em 1978, o nacionalista Adriano Sebastião como o seu primeiro representante em terras de Camões (vide galeria em anexo). Também já é a primeira mulher angolana a exercer esse cargo na ONU.

Portugal não é um território desconhecido para a “Comandante” (nome pelo qual é tratado nalguns círculos restritos diplomáticos), uma vez que já foi cônsul-geral de Angola no Porto. Não foi a primeira escolha de João Lourenço para este cargo, uma vez que, no ano passado, o MIREX já havia solicitado ao Palácio das Necessidades em Lisboa o agrémet para que o então embaixador de Angola na República Federativa do Brasil, Florêncio de Almeida “Mário Cabral”, fosse chefiar a missão diplomática do País em Portugal.

Fonte: NJ

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