Um crime bárbaro aconteceu no dia 26 de Abril de 2023, quando Madalena Pascoal Pembele, de 20 anos de idade, fez uma transferência de 10 mil Kwanzas a partir do telemóvel do seu esposo, Edson Van-Dúnem Cusselama, de 30 anos de idade, para o seu irmão mais novo. O marido não gostou da atitude da esposa e, com ajuda da sua irmã, espancou brutalmente a mulher que não resistiu à tamanha crueldade e sucumbiu horas depois, no hospital Casa Amarela, do zango 2.
O pai da malograda, Manuel Pembele Puri, diz que a sua filha deixou um casal de filhos: Manuela de 5 anos e o Kiami, de 1 ano de idade. “Só sei que o assassino da minha filha trabalhava na cidade, não sei o local e nem a profissão dele. Eles viviam no Zango -01, mas mudavam sempre de casa para evitar que a família conhecesse os seus aposentos”, disse, salientando que era essa a estratégia do seu genro.
Puri não compreende a atitude do genro, porque era querido no seio familiar e recebia todo amor e carinho.
“Nós o recebíamos bem na família; era um genro querido, mas depois da morte dela, descobrimos que a nossa filha vivia um verdadeiro terror e que a pessoa que ela chamava de marido afinal era o seu predador”, concluiu, precisando que os vizinhos contam que ela era espancada constantemente.
No dia em que ela efectuou uma transferência a partir do telefone do marido, este usou a máxima força para agredir a esposa, que ainda foi a tempo de chamar a vizinha para lhe ir deitando água, mas a terapia não surtiu efeito e, a caminho do hospital, o quadro de saúde agravou-se e faleceu.
Isabel Tavares Pascoal Puri, mãe da malograda, conta que quando o genro ligou, a primeira coisa que ela pediu era para falar com a filha ao telefone.
“O marido dela ligou de manhã e ouvia-se muita gritaria, mas quando a minha filha recebeu o telefone só falou duas palavras e caiu, às 10 horas da manhã do dia 26 de Abril. Voltei a ligar, e ele já não atendia o telefone. Vizinhos dizem que o agressor arranjou uma moto de três rodas e foi em direcção ao hospital, e posto lá apresentou-se como vizinho dela não como marido”.
O que gerou sentimento de repulsa é o facto do acusado ter sido detido, mas posto em liberdade no dia 5 deste mês.
“Tivemos uma audiência no dia 21, mas ele já não apareceu. Alguém que assassinou uma pessoa é posto em liberdade desta maneira, sem ser levado a juízo? “, questionou, pedindo que justiça seja feita.
Para o pai da malograda, o ideal é permanecer na cadeia e ser submetido a um julgamento justo.
Fonte: Na Mira Do Crime