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Líder da UNITA pediu aos magistrados para não abandonarem o País perante os escândalos que atravessam a justiça e as dificuldades do dia a dia

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, pediu esta quinta-feira, 16, aos magistrados angolanos para não abandonarem o País, na sequência das péssimas condições de trabalho e de vida que atravessam em Angola, onde não existem condições suficientes para a estabilidade profissional.

“É um escândalo o que se tem passado com as instituições de Justiça do nosso País. A conduta vergonhosa das mais altas hierarquias das magistraturas, envolvendo juízes presidentes e também a neutralidade não assumida do Procurador-Geral da República devem ser denunciados todos estes estes escândalos ocorrem perante o desprezo do Executivo que nada faz para responder às legítimas reclamações e exigência de direitos dos magistrados das 1ª e 2ª instâncias, que trabalham sem condições”, disse o presidente da UNITA na abertura do V Congresso Ordinário da JURA

Segundo o líder da UNITA, o país tem todas as possibilidades de responder e de criar essas condições.

“Hoje, muitos desses magistrados, pensam desistir da sua nobre missão e emigrarem em busca de oportunidades e da dignidade que o actual regime lhes tem continuamente negado”, referiu o líder da UNITA, salientando que um País que não pratique a justiça, não se desenvolve.

“O meu apelo é que não desistam. O meu apelo é que não saiam do País, porque melhores dias virão. Tenham confiança. Nós tudo estamos a fazer e tudo faremos para devolver a esperança aos angolanos e defender o interesse das classes profissionais que diariamente se entregam na construção de um País melhor”, prometeu.

“Falo dos magistrados, falo dos professores, dos trabalhadores informais, dos profissionais da saúde, dos camponeses, dos empresários angolanos que não sejam membros do partido de regime e por consequência são deixados em terra nas viagens do Presidente da República”, acrescentou.

Na sua opinião, a JURA tem de estar contra a divisão político-administrativa que só visa atrasar o desenvolvimento.

“Passamos 47 anos sem que o regime vigente tenha conseguido levar a luz eléctrica e água a todas as casas nos 164 municípios de Angola. Faltam escolas e hospitais suficientes para cobrir a enorme demanda e procura por oportunidades de aprendizagem e serviços nos 164 municípios”, frisou.

“Se em 164 municípios não realizam as eleições autárquicas, imaginem em 581. Os fundos que querem desperdiçar e enterrar na pretensa divisão político-administrativa deviam ser alocados na resolução dos problemas já identificados nos municípios e comunas que já existem e que tão pouco dispõem. A JURA deve condenar as demolições e outras violações dos Direitos Humanos que continuam a ensombrar e a enlutar muitas famílias angolanas. A JURA deve exigir o fim do controlo dos meios de comunicação social pelo regime e a libertação do sistema judicial”, concluiu.

A Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), iniciou esta quinta-feira, 16, o seu V Congresso Ordinário, com a participação de mais 500 delegados que vão eleger um novo líder, em substituição de Agostinho Camuango à frente da direcção desde 2018.

Refira-se que dos seis pré-candidatos a disputar a liderança da JURA, ficaram apenas dois apurados, Nelito Ekuikui e João Lukombo.

O congresso decorre sob o lema “JURA – Inovar e Mobilizar para Vencer” e tetermina a 17 de Março, sexta-feira.

A Juventude Revolucionária Unida de Angola foi fundada, a 18 de Julho de 1974, por David Janotão, que foi o primeiro presidente da organização juvenil.

Fonte: NJ

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