Em alusão ao 43.º aniversário da independência nacional, Demarte Pena foi, entre várias individualidades, umas das figuras condecorados pelo Presidente da República, João Lourenço, com a medalha de bravura e mérito cívico e social de 1.ª classe. Em entrevista com à imprensa, via Whatsapp, o campeão da 12.ª edição do Ares Fighting Championship, fala da sua carreira e dos projectos futuros enquanto desportista.
Em Fevereiro último, em França, Demarte Pena sagrou-se campeão, após ter derrubado o argelino Elias Boudegzadame, num combate de cinco rounds. Aos 33 anos, o pugilista que diz buscar inspiração no seu avô (Jonas Savimbi) e o seu pai (Ben Ben), à imprensa, considera a conquista de Paris um passo importante tendo em conta aos palcos mundiais que se avizinham.
Em 2018, em alusão aos 43 anos de independência de Angola, Demarte Pena, fez parte do grupo homenageado pelo Presidente da República, João Lourenço, tendo o desportista e filho de Ben Ben ficado com a medalha de bravura e de mérito cívico e social de 1.ª classe. No combate de Fevereiro, em França, o pugilista segurou no microfone e queixou-se da falta de apoios dos angolanos, singulares e do próprio Estado.
Sobre o desabafo, a este semanário, o neto do líder fundador da UNITA, assegurou que já pediu muito aos angolanos, mas que, por infelizes coincidências, nunca teve respostas positivas, das instituições e da sociedade no seu todo. Os únicos apoios, segundo o atleta, têm vindo de familiares e patrocinadores na África do Sul, país onde fixou residência.
“O desabafo (risos) … Já pedi várias ajudas, medalhas são bem-vindas, nós precisamos muito mais do que medalhas. Não nos podem dar apenas medalhas. Tirar-me do país onde faço a minha vida, onde tenho clientes, onde consigo sustentar-me e levarem-me da África do Sul para Angola, só para receber medalha, acho que essa é a frustração que sempre tive”, desabafou o atleta de Artes Marciais Mistas (MMA), na conversa que manteve via Whtasapp com à imprensa.
Fonte: NJ