Segundo o comunicado oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, Dale Britt Bendler, de sessenta e oito anos, declarou-se culpado, em vinte e três de Abril de dois mil e vinte e cinco, por violar a Foreign Agents Registration Act (FARA) e por remover documentos classificados até ao nível SECRET//NOFORN de locais autorizados, com intenção deliberada de os reter em locais não autorizados.
Entre dois mil e dezassete e dois mil e vinte, enquanto exercia funções como contratado da Agência Central de Inteligência (CIA), com acesso ao grau TS/SCI (Top Secret/Sensitive Compartmented Information), Bendler desenvolveu actividades de lóbi e relações públicas em nome de clientes estrangeiros, sem qualquer registo legal. Tais actividades incluíram tentativas de influenciar investigações de corrupção em governos estrangeiros e decisões administrativas relativas à concessão de vistos por parte do Governo americano.
Fontes judiciais e jornalísticas indicam que um dos principais clientes de Bendler era Francisco Higino Lopes Carneiro, antigo Ministro das Obras Públicas e ex-Governador da Província de Luanda. Carneiro teria contratado Bendler para interceder junto de autoridades americanas e internacionais, com o intuito de neutralizar investigações sobre o desvio de fundos públicos e facilitar a sua reabilitação política em Angola.
A actuação de Bendler incluiu pesquisas em sistemas classificados da CIA por informações sobre Higino Carneiro e seus aliados, bem como a divulgação indevida de dados sensíveis a terceiros não autorizados. O ex-agente mentiu à CIA e ao FBI sobre a sua condição de agente estrangeiro e sobre as actividades paralelas que desenvolvia, violando gravemente os protocolos de segurança nacional.
Com base nas confissões de Bendler e nos documentos apresentados ao Tribunal Federal do Distrito Leste da Virgínia, Higino Carneiro poderá ser formalmente acusado nos Estados Unidos por corrupção de agente federal, conspiração para obstrução da justiça e tráfico de influência internacional. A legislação americana prevê penas severas para cidadãos estrangeiros que corrompem funcionários públicos dos EUA, especialmente quando estão em causa informações classificadas e tentativas de manipulação de processos judiciais ou administrativos.
Caso venha a ser formalmente indiciado, Higino Carneiro poderá enfrentar múltiplas acusações criminais, cada uma com penas que variam entre cinco e vinte anos de prisão. A acusação por corrupção de agente federal, por si só, poderá acarretar até quinze anos de reclusão, enquanto a conspiração para obstrução da justiça poderá somar mais cinco anos. Se forem identificados agravantes relacionados com o uso indevido de sistemas de inteligência ou com tentativas de influenciar decisões de segurança nacional — como a concessão de vistos a indivíduos ligados ao financiamento do terrorismo — as penas poderão ser cumulativas e ultrapassar os vinte anos de prisão efectiva.
Além disso, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos poderá solicitar a emissão de um mandado de captura internacional. Embora Angola não disponha de um acordo de extradição automático com os EUA, a gravidade das acusações e o envolvimento de estruturas sensíveis da segurança nacional americana poderão justificar uma solicitação formal.
General reage acusações em nota de imprensa
Nos últimos tempos, têm circulado em alguns órgãos de comunicação social e nas redes sociais textos apócrifos, destituídos de qualquer fundamento, cujo único propósito é atacar a honra, fragilizar a imagem pública e pôr em causa a credibilidade do cidadão Higino Carneiro, que recentemente tornou pública a sua decisão de concorrer à liderança do MPLA.
A título de exemplo, desde o dia 21 de Setembro têm sido divulgadas falsas alegações que procuram associar o nome do político a um cidadão de nacionalidade norte-americana, insinuando um suposto envolvimento em actos de conspiração e espionagem, alegadamente sustentados por contrapartidas financeiras. Sublinha-se, com veemência, que tais acusações são absolutamente falsas, carecem de qualquer suporte factual e não existe a mínima prova que as sustente. Acresce referir que apenas quem desconhece o funcionamento dos serviços secretos norte-americanos pode, de forma ingénua, insinuar que um agente da CIA pudesse ser colocado na condição de corrompido.
Na mesma semana, foram igualmente disseminadas informações fabricadas sobre um alegado encontro entre Higino Carneiro e o Presidente da UNITA, em locais e circunstâncias totalmente incompatíveis com a sua agenda. É público e facilmente verificável que, à data dos factos mencionados, o político se encontrava em missão de serviço no interior do país, facto que, por si só, desmonta essa narrativa difamatória.
Cumpre esclarecer que, na qualidade de político disponível para a liderança do maior partido de Angola – partido com responsabilidades históricas e de Estado –, Higino Carneiro não exclui a possibilidade de encontros de carácter patriótico, sempre que estes sirvam os superiores interesses da Nação e contribuam para a salvaguarda da unidade nacional.
Essas insinuações, totalmente desprovidas de veracidade, somam-se a outras anteriormente lançadas, incluindo as conhecidas alusões aos denominados “brinquedos”. Todas elas compõem um quadro difamatório vil e irresponsável que, longe de abalar, apenas reforça a determinação e a firmeza de Higino Carneiro em prosseguir a sua missão política. Num Estado Democrático de Direito como Angola, nenhum cidadão está acima da Constituição e das leis, e é nesse quadro que se deve pautar a actividade política.
Higino Carneiro tem reiterado, de forma clara e inequívoca:
“Quer somar, unir e não dividir.”
Nesta linha, a sua candidatura mantém-se firmemente orientada para a moralização da vida política em Angola, para a promoção da unidade nacional e para a construção de uma liderança assente na transparência, na responsabilidade e no compromisso inabalável com o futuro do país, em plena observância da máxima do saudoso Presidente Agostinho Neto:
“O mais importante é resolver os problemas do Povo.”
Assessoria de Comunicação e Imagem de Higino Carneiro.
Fonte: TA