Helder Pitta-Gróz fez algumas declarações na cerimónia de tomada de posse de novos magistrados do Ministério Público e de membros do Conselho de Direcção da PGR…
Sobre o combate à corrupção, olhando para a questão do repatriamento de capitais, o procurador-geral da República reconheceu que é preciso fazer melhor, mas que tem havido resultados positivos, com processos em Tribunal e os já julgados, frisando que cada processo só termina quando há uma condenação.
Acrescentou que se fica dependente e condicionado ao sucesso das condenações realizadas: “Mas o certo é que os processos que temos introduzidos em juízo, todos têm tido condenação”, afirmou.
Hélder Pitta-Gróz afirmou: “Eu também tive a oportunidade de ler nas redes sociais que fui ao Dubai para prender a engenheira Isabel dos Santos. O procurador-geral da República não prende. Em Angola não. Pode emitir uma ordem de detenção, mas pessoalmente não prende ninguém. Ir a um país estrangeiro prender alguém é impossível. Temos mecanismos de cooperação internacional e quando é necessário, alguma questão, accionamos esses mesmos mecanismos”.
Em relação a isso, sublinhou que tem essa questão colocada a nível da Interpol, que está a fazer o seu trabalho e não a PGR. “Agora, nós vamos ao Dubai como a outros países no sentido de fortalecer a cooperação que existe entre as nossas procuradorias. Não é a primeira vez que eu vou ao Dubai. Faz dois anos que estive lá, tive alguns encontros com o procurador-geral local e, portanto, é um processo normal que temos feito com vários países”, afirmou.
Questionado ainda sobre o caso Manuel Vicente (antigo Vice-Presidente da República), disse tratar-se de um trabalho que está a ser feito e que o processo continua: “É preciso aguardar, porque as coisas não se fazem de um dia para o outro”.
Fonte: JA