Os oficiais de justiça suspendem esta sexta-feira,14, a greve em todos os tribunais de comarca do País, após 25 dias de paralisação dos serviços para exigirem a melhoria de condições laborais. Apesar de suspenderam a greve, os oficias de justiça voltam ao trabalho sem verem resolvidos quaisquer pontos do caderno reivindicativo pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), que continua em silêncio, soube à imprensa.
“Vamos fazer suspender temporariamente a primeira fase da greve em todos os tribunais de comarca esta sexta-feira, no Tribunal de Comarca de Luanda, às 12:00, em conferência de imprensa”, confirmou à imprensa o secretário-geral do Sindicato dos Operadores de Justiça de Angola (SOJA), Joaquim de Brito Teixeira.
Segundo o líder do SOJA, durante o período de greve, os oficiais de justiça sofreram perseguições e ameaças em muitos dos tribunais de comarca do País, e acusam alguns juízes presidentes de agirem de má-fé.
“O nosso caderno reivindicativo foi entregue a 15 de Abril de 2021, mas nas negociações nunca recebemos respostas satisfatórias, daí que nos tenhamos decidido pela greve”, explicou o sindicalista.
O SOJA diz não entender a posição dos juízes, visto que, recentemente, estes se manifestaram também para exigirem melhores condições laborais.
Quanto ao silêncio da entidade patronal, neste caso o Conselho Superior da Magistratura Judicial, o SOJA promete falar sobre o assunto no final do levantamento da greve, às 12:00, em conferência de imprensa.
Segundo os operadores de justiça, caso não sejam atendidas as reivindicações nos próximos dias, o SOJA voltará a paralisar as actividades laborais.
“Esta foi apenas a primeira fase da greve, ainda temos outras fases para cumprirmos caso o CSMJ insista em não querer atender as nossas reivindicações”, contou.
De realçar que os operadores da justiça nos tribunais de comarca reivindicam há alguns anos melhores condições de trabalho, promoções na carreira, aprovação de um novo estatuto remuneratório, contra a falta de transporte para diligências, subsídios e incentivos a nível dos tribunais.
Fonte: NJ