Os Estados Unidos concluíram um treino de 10 semanas em sistemas Patriot com soldados ucranianos, no Estado de Oklahoma, no qual aprenderam a usar o sistema de mísseis defensivo que rastreia e abate mísseis inimigos.
Oficiais militares dos EUA convidaram hoje jornalistas do país e da Europa a assistir ao treino dos soldados ucranianos, integrado num esforço internacional que envolve mais de 50 países que fornecem assistência de segurança à Ucrânia, explicou o porta-voz do Exército dos EUA baseado na Alemanha, Martin O’Donnell.
Soldados do Exército dos EUA em Fort Sill – posto do Exército dos Estados Unidos no norte de Lawton, Oklahoma – que treinaram os ucranianos revelaram terem ficado surpreendidos com a rapidez com que os soldados entenderam os conceitos e aprenderam a operar o equipamento, embora muitos tinham experiência anterior no uso do antigo sistema de mísseis terra-ar de longo alcance S-300, de fabrico soviético.
O sistema de mísseis Patriot, que ainda não foi implementado na Ucrânia, é útil para defender centros populacionais e infraestruturas crítica, precisou o general comandante de Fort Sill, Shane Morgan.
Embora os oficiais do Exército reconheçam que, no treino com os ucranianos, enfrentaram desafios iniciais para superar a barreira do idioma, Shane Morgan disse que aprenderam rapidamente, até porque tinham sido “escolhidos a dedo” pela experiência em defesa aérea.
Espera-se, segundo a Associated Press, que os soldados deixem Oklahoma nos próximos dias para treino adicional na Alemanha antes de serem operacionalizados na Ucrânia os mísseis Patriot.
Oficiais militares não forneceram à imprensa um cronograma exato para quando a bateria de mísseis será fixada na Ucrânia, mas um porta-voz do Pentágono disse que vai ser mais rápido do que o planeado inicialmente.
“Por motivos de segurança da operação, não vou entrar em prazos de entrega, a não ser para dizer que estamos confiantes de que conseguiremos levar os Patriots para lá num prazo acelerado”, disse hoje Pat Ryder, da brigada da Força Aérea dos Estados Unidos, num briefing do Pentágono.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.317 civis mortos e 13.892 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Fonte: NM