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EUA aconselham Angola a recorrer a comunicações seguras e estáveis

O coordenador especial de Joe Biden para infraestruturas globais e segurança energética, Amos Hochstein, defendeu que Angola deve escolher empresas que garantam comunicações seguras e estáveis, face à necessidade de proteção de dados e aos ciberataques, alertando também para aquilo que chamou de “armadilha da dívida”.

Amos Hochstein, efetuou uma curta visita de 48 horas a Angola durante a semana finda, que incluiu encontros com o Presidente angolano, João Lourenço, e a comunidade empresarial norte-americana, bem como os ministros da Energia e Águas, Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social e dos Transportes.

“Estamos num momento crítico de oportunidades para África e para Angola, em particular. Estamos numa transformação económica mundial como não se via desde a revolução industrial. Face às alterações climáticas, há a necessidade urgente de acelerar a transição energética”, lembrou Amos Hochstein.

O enviado especial do Presidente norte-americano referiu que “a transição energética é uma oportunidade para a transição de África” e que Angola é um “player decisivo” no apoio a outros países para acederem a infraestruturas críticas para os mercados globais.

Sobre o impacto das visitas de alto nível que Angola recebe desde o início deste ano, entre as quais a do chefe da diplomacia chinesa, Qi Gang, e naquilo que tem que ver com as relações entre o país lusófono africano e os EUA, Hochstein afirmou que Presidente Biden reconhece a necessidade de se empenharem mais em África, considerando, no entanto, não haver nenhuma competição entre países.

Amos Hochstein afirmou que os EUA apresentam alternativas de financiamento através de instituições como o DfC (International Development Finance Corporation) e Eximbank, sendo a Africell – operadora de telecomunicações que entrou em Angola no ano passado – um exemplo destes apoios. “Oferece [a Africell] um bom produto. Temos orgulho em financiar a sua entrada em África e é um bom exemplo porque usam tecnologia europeia, não apenas americana”, realçou.

Questionado sobre os riscos para a segurança nacional de desenvolver a banda larga em parceria com chineses, respondeu que “os países devem fazer as suas escolhas em termos de operadores de telecomunicações que ofereçam segurança”, sobretudo numa altura em que se avança para o 5G, sistema em que a proteção de dados e a segurança face a ciberataques é cada vez mais importante.

“Não vamos dizer a um país, não usem esta ou aquela tecnologia, achamos que devem usar empresas confiáveis, mas não queremos só focar-nos no que não se pode fazer”, frisou, citado pela Lusa.

Fonte: AN

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