O especialista em política económica José Ambrósio defendeu esta quinta-feira, 30, durante o programa Capital Central, da imprensa, a redefinição de política do executivo viradas ao sector empresarial privado, para fazer face ao actual contexto económico no país.
José Ambrósio comentava a decisão resultante do acordo entre o Governo e as centrais sindicais, que dá conta da fixação do salário dos trabalhadores das microempresas e “startups” em 50 mil kwanzas, e a subida para 100 mil, das que já pagam 70 mil kwanzas.
Para o especialista, “o país tem condições para dinamizar a economia, bastando para o efeito acções concretas para concretização deste desiderato”.
Já para o politólogo Luís Paulo Dala, o salário para o sector empresarial privado não se pode definir por decreto, e sustenta que a produtividade das empresas é que dita a sua vitalidade.
“O salário que as empresas pagam ou devem pagar aos seus trabalhadores, não pode ser definido por um decreto. O próprio mercado é que deve se regular”, disse.
Luís Ndala disse, por outro lado, que a falta de políticas atraentes no sector empresarial privado está a afugentar os operadores económicos para a informalidade e denuncia dupla tributação dos produtos da cesta básica.
“Hoje, muitos operadores económicos estão a fugir do formal para o informal, devido a dupla tributação. Por isso é que se fores aos mercados do Kifica, 30 e outros, vai encontrar vários armazéns na informalidade, eles preferem aí, porque no formal a AGT não ajuda”, sublinhou.
Fonte: CK