A Espanha conquistou, domingo, o título da 9ª edição do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino, ao derrotar a Inglaterra, por 1-0, na final disputada no Estádio Olímpico de Sidney, na Austrália.
Lideradas tecnicamente por Jorge Vida, as espanholas entraram com todo o gás e determinadas a resolverem o jogo na etapa inicial. A jogar no sistema táctico 4-3-3, a Selecção “La Roja” dificultava as ideias de jogo ao conjunto britânico, que se apresentou com o esquema táctico na fase de grupos, oitavos-de-final, “quartos” e meias-finais.
Talvez pelo facto de ser campeã europeia em título e obrigada a ganhar, as inglesas acusaram em demasia o peso da partida e permitiram que as espanholas jogassem a seu bel-prazer.
Diante das facilidades apresentadas pelas britânicas, as espanholas passaram a acreditar mais e procuravam os caminhos para visar a baliza defendida por Eargs.
Com maior volume de jogo, a Espanha chegava com relativa facilidade no último terço da defesa contrária. Fruto da pressão exercida sobre a adversária, as comandadas de Jorge Vilda adiantou-se no marcador, por intermédio de Olga Carmona, decorridos 29 minutos.
Após dribles estonteantes, a estrela espanhola Alexia Putellas assistiu a “capitã” de equipa para primeiro golo e a partida foi para o intervalo.
Ao mesmo ritmo
No regresso dos balneários, a Espanha entrou com a mesma disposição da etapa inicial, com o técnico Jorge Vilda a manter o “onze” inicial, bem como o sistema táctico.
A vencer pela magra vantagem, as “Las Sonãdoras” procuravam dilatar o placar, mas pecavam no capítulo da finalização. Aos 55 minutos, a Espanha perdeu uma soberana oportunidade para fazer o 2-0, nos pés de Alexia Putellas.
Em desvantagem na partida, a Inglaterra não virou a cara à luta e tentavam dar a volta ao resultado. Aos 69 minutos, as campeãs europeias perderam a oportunidade para igualar o marcador, por intermédio da avançada Jenni Hermoso que desperdiçou uma grande penalidade, ante a uma boa defesa de Cátia Coli.
A Espanha foi a digna vencedora, já que dominou a partida e teve 58 por cento de posse de bola, contra 42 da Inglaterra, com a árbitra norte-americana Tori Penso a passar despercebida.
Com um número recorde de 32 equipas e um aumento de 52 para 64 jogos, a edição de 2023 do Mundial de Futebol Feminino contou pela primeira vez com a participação de quatro selecções africanas, nomeadamente Nigéria, África do Sul, Marrocos e Zâmbia. Pela primeira vez, o continente africano colocou três países nos oitavos-de-final, casos da Nigéria, Marrocos e África do Sul.
Fonte: JA