Mas de 50 estudante finalista da Universidade Metodista de Angola (UMA) foram impedidos de participar na cerimónia de entrega de diplomas por suspeita de fraude do pagamento das própinas e alteração de notas.
Os estudantes, soube à imprensa, foram avisados do afastamento desta cerimónia a apenas cinco dias da sua realização e por isso exigiram que a universidade apresentasse provas da acusação, facto que, segundo estes universitários, a UMA não fez, daí terem realizado protestos no acto da cerimónia.
Para acalmar os ânimos dos estudantes suspeitos de fraude, apurou à imprensa, foi chamada a Polícia Nacional, que optou pela sua expulsão do local.
Segundo a polícia, três estudantes foram detidos por desacato contra a autoridade por se recusaram a acatar a ordem policial.
A imprensa apurou junto da polícia que estes três estudantes serão levados a tribunal esta quinta-feira, 06, para julgamento sumário.
Entretanto, alguns estudantes impedidos contaram que a UMA não reuniu com eles e que simplesmente os acusou, quando o sensato, defendem, séria reunirem e não recorrer à força policial.
“O que fizemos foi reivindicar os nossos direitos que foram violados, daí o nosso protesto”, explicaram a maioria dos visados, assegurando que defenderam os trabalhos de fim de curso sem problema e negam as acusações da universidade.
Em nota de esclarecimento, a UMA diz que nas semanas que antecedem a cerimónia, há uma rigorosa verificação de todos nos processos académicos e financeiros dos estudantes finalistas e que, neste caso em concreto, foram detectadas irregularidades graves envolvendo um número considerável de estudantes.
A universidade diz que constatou-se que as notas constantes nas pautas físicas não correspondiam às registadas no sistema, indicando uma clara violação dos princípios éticos e académicos que regem a instituição.
Face a estas irregularidades, assegura a UMA, a instituição viu-se obrigada a suspender temporariamente os estudantes envolvidos, para que, em respeito ao princípio do contraditório, e mediante a instrução do competente processo disciplinar académico, sejam tomadas as medidas disciplinares e legais cabíveis.
A imprensa soube que apesar dos protestos dos estudantes impedidos, a 15ª cerimónia de outorga de diplomas realizou-se com os finalistas não abrangidos pela suspensão.
Fonte: NJ
